|
---|
|
Em cartaz no Foyer do Teatro Castro Alves, a Mostra Retrospectiva do Festival, com curadoria assinada pelo ator e pianista Fernando Marinho e dos fotógrafos Sora Maia e Roberto de Sousa, também dedicou um espaço em homenagem a Walter Smetak, que participou da primeira edição do Festival, em 1980. Entre os artigos expostos, o público poderá conferir réplicas de instrumentos produzidos pelo suíço, todas parte do acervo do Museu Abelardo Rodrigues, no Solar do Ferrão, Pelourinho. Parte da programação do XVIII Festival de Música Instrumental da Bahia, que acontecerá de 13 a 16 de novembro, na Sala Principal do TCA, a mostra reúne significativo material audiovisual de todas as edições do Festival, a partir dos anos 80 até a mais recente, realizada no Teatro Vila Velha, em 2011. A mostra também homenageia os músicos Ernesto Nazareth (1863-1934), Vinicius de Morais (1913-1980) e Dominguinhos, outros três grandes artistas da música brasileira, o último falecido em julho deste ano. Além do lançamento de 'Smetak, Som e Espírito e da Mostra Retrospectiva, o público pôde conferir ainda, no último dia 7, o concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) em comemoração ao centenário do músico suíço. Com regência e curadoria do maestro Carlos Prazeres, a orquestra apresentou as três peças vencedoras do Concurso Nacional de Composição Walter Smetak, realização da Osba, através da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), com o apoio da Escola de Música da Ufba. As peças são: 'Rapsódia Sobre Temas de Smetak', de Natanael de Souza; 'Dimensões Entrelaçadas - Cortejo De Walter Smetak', de Felipe Mendes de Vasconcelos; e 'Bricolagem', de Fernando Augusto de Oliveira.
Veja também: ALQUIMIA DO SOM: 100 ANOS DE WALTER SMETAK Confira uma matéria em homenagem ao centenário do grande músico Walter Smetak CABAÇA, O ESPETÁCULO Seguindo a programação dedicada ao centenário de Smetak, 'Cabaça – uma homenagem a Walter Smetak' é um espetáculo de dança etno-musical que esteve em cartaz nos dias 31 de outubro e 1 de novembro na Sala do Coro do TCA. Buscando recriar, no palco, os laços entre Bahia e Europa, com respeito às heranças e tradições simbolizadas pela cabaça, tanto objeto sonoro quanto elemento da natureza que nas culturas indígena e africana remetem à ideia de fertilidade, a montagem é também uma leitura da relação instituída entre a Universidade Federal da Bahia, criada na década de 50 por Edgard Santos, e culturas europeias, considerando que a instituição teve pelo menos oito professores suíço-alemães, entre eles Smetak. Com direção musical e arranjos assinados pelo músico André Rangel, 'Cabaça' é marcado por ambientação sonora feita ao vivo e baseada em experimentalismos, o que confere ao espetáculo forte identidade smetakiana. Dirigido pela dançarina e coreógrafa Carmen Paternostro ('O que é isso Gabeira?', 'Lágrimas de um Guarda-Chuva', ' Um Caso de Língua') em parceria com a professora Gilsamara Moura, o espetáculo foi realizado pela primeira vez em agosto, no encerramento do projeto Conexão Dança Alemanha-Bahia e marcou a estreia do Grupo de Dança Contemporânea da UFBA. Para 2014, além de turnê em São Paulo, Carmen Paternostro pretende circular com o 'Cabaça' em circuitos universitários e cidades do interior do estado. *Com supervisão de Marcia Luz