Seis rapazes, uma casa e a vontade de fazer pagode. Assim surge o Atitude 67, a banda formada por um grupo de amigos, que se conheceram na época de escola, e no ano de 2017 se mudaram para a capital paulista para viver de música.
Morando juntos, começaram a carreira com pequenos show em bares da capital. A sintonia deu tão certo que em 2021 completam 5 anos de banda. "A convivência era muito boa, mas também não tinha muito pra onde correr, eram seis caras, um 'apzinho' e um banheiro.", brincaram os vocalistas RG (Henrique), Pedrinho e Barata.
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Em entrevista ao iBahia, o grupo contou detalhes sobre o novo álbum, bastidores da criação do hit "Pode me Chamar de Copo", um pouquinho sobre a conexão com Salvador e a felicidade de retornar novamente à capital baiana.
Pagode na veia
Popnejo, reggae, pagode ou sertanejo, qual dos ritmos define o Atitude 67? Quase em conjunto, ao mesmo tempo, os três vocalistas brincaram: "Sempre foi Pagode". Barata explica ainda que a pergunta era muito comum no início da carreira, principalmente quando apresentavam o material da banda para as gravadoras: "Mas afinal o que vocês tocam?"
"Acho que não tem ninguém que respondeu mais essa pergunta do que a gente. Uma dia, numa gravadora, perguntaram: definimos vocês como? chamamos de pagode ou samba rock pantaneiro?'. O Henrique falou que pra nós 'sempre foi pagode', e na hora gente falou: 'nossa, isso dá nome de disco' e deu", disse Pedrinho.
"Esse nome é muito bom, a gente não precisa mais responder. Se alguém perguntar, entregamos o disco e ela vai ver que sempre foi pagode", completou o cantor.
Novo álbum
Com um repertório que mescla clássicos do pagode e sons autorais, o novo álbum traz 14 músicas, que vão de Raça Negra à Jeito Moleque, tendo como a faixa principal "Me Chama de Copo" um feat com a banda Menos é mais.
"A criação dessa música foi um barato, porquê ela surge de uma brincadeira, quando a gente estava lá tomando uma 'cervejinha', os meninos começaram a falar que nosso amigo vivia com um copo na mão e ele disse que era porquê queria estar mais perto da boca", diz Pedrinho.
A ironia pegou tanto que acabou virando piada interna entre os meninos. GP revela que o start para o processo criativo do hit foi uma frase dita pelo amigo da banda: "Ele soltou um 'me chama de copo, mas me recicla', e aí de uma forma despretensiosa, tudo foi fluindo na brincadeira".
Os vocalistas revelam ainda que a ideia de mostrar a produtora foi quase em tom de brincadeira, sem imaginar que a faixa se tornaria a música principal do novo disco. "A gente não imaginava, mas caiu tanto na graça da galera que acabou virando a música de trabalho", conta Pedrinho,
Pedrinho ainda acrescenta que o feat com Menos é Mais surgiu de forma natural. Tudo aconteceu quando um dos vocalistas da banda goiana recebeu a prévia da faixa e respondeu com um áudio cantando o refrão. Pedro ainda diz que esse foi o incentivo necessário para que dessem a atenção devida ao hit.
Dividido em duas partes, o projeto "Sempre Foi Pagode", terá sua segunda edição lançada no Verão de 2023. E a banda compartilha que será presença confirmada no carnaval do ano que vem. "Com certeza absoluta estaremos tocando por aqui." conta Pedrinho, que ainda revela sua intenção em ficar mais alguns dias para curtir como folião.
Ao todo, o álbum "Sempre foi Pagode", é composto por 22 faixas, entre elas 11 autorais. O projeto que já percorreu quase todo o Brasil, tem Salvador como próximo destino. No próximo domingo (21), a banda leva o som para a Chácara Baluarte, no Santo Além do Carmo, a partir das 16h. [Confira aqui todos os detalhes e a programação.]
Com direção de geral de Diogo Duílio, direção de foto e vídeo de Phill Mendonça, produção musical de Bruno Cardoso e Lelê, o projeto já recebeu grandes nomes da música atual como Mumuzinho, Menos é Mais, Matheus Fernandes e Ferrugem.
Os vocalistas ainda entregaram que o improviso "faz parte do ao vivo" e não pode faltar durante as apresentações. "Na hora é o máximo de horas de show deixarem a gente fazer".
Eles também prometem ao público baiano no mínimo três horas de apresentação: "A galera que 'for colar' nessa edição pode esperar que alguma coisa diferente vai acontecer. Cada show é único, então vamos deixar fluir".
Relação com a Bahia
Essa não é a primeira vez do 'A67' na capital. A banda veio à Salvador no início de 2020, para a gravação do seu último projeto “Atitude no Rolê- Onda”, com a participação Ivete Sangalo na faixa “Chega Diferente”.
"Salvador é muito mágico, elegendo um Top 10 de lugares que já tocamos, a cidade com certeza está entre eles". Pedrinho ainda explica que a primeira vez na capital despertou uma certa apreensão: "Ficamos muito nervosos, aqui é uma terra muito musical, com nomes grandes em todas as gerações, mas recebemos muito carinho."
*Sob supervisão do repórter Lucas Salles.
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Isla Carvalho
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