O cantor Tuca Fernandes, ex-vocalista e um dos fundadores e administradores da banda Jammil e Uma Noites, reagiu nesta semana à possibilidade do grupo voltar a se apresentar com a formação original.
Em entrevista ao apresentador Thiago Mastroianni, durante o programa Geração GFM, da rádio GFM, o artista descartou a reunião, e disse que não vê como o reencontro acontecer por causa das discussões. A entrevista completa estará disponível no canal do Youtube da GFM, no domingo (2).
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"O desgaste da estrada é muito louco. A gente conhece várias bandas que não separaram, mas é como dizem, se toleram. E a gente ficou um tempão, 17 anos. Foram 17 anos. Não foi brincadeira. Foram 17 anos, entre 3 de Jheremmias e 14 de Jammil", disse. "Não chegamos a vias de fato. Já de jogar a guitarra para cima, jogar o baixo. Isso era coisa que a gente tinha, que discutia de direção", completou.
A hipótese foi levantada com base em uma publicação do músico Manno Góes, que também administrava o grupo. Na postagem, ele disse que estava com muita vontade de fazer show com os antigos parceiros e ironizou a situação citando divergências políticas.
"Tô muito a fim de fazer um show com a formação original do Jammil. Um daqueles com repertório 100% Jammil. O bolsonarista Tuca não olharia pra minha cara nem nos ensaios, nem no camarim. Mas na hora do show a gente ia se divertir pra car*lh*! Porque a gente era assim mesmo", escreveu Manno.
No entanto, durante a conversa com Mastroianni, Tuca negou que a decisão dele tenha relação com política. Ele também citou mágoas que ficaram das brigas do passado com Manno.
"Acho que o lance do político não tem nada a ver. O lance seria mesmo o da nossa divergência como foi desde lá atrás. Acho que o momento da ruptura ficou muito marcado. Várias mágoas, da parte dele e da minha parte. Ele ficou magoado com algumas coisas que eu fiz, que eu falei. Eu fiquei magoado com algumas coisas que ele fez, que ele falou. Esse seria o maior ponto negativo para que a gente não fizesse", contou.
Tuca Fernandes falou que precisa colocar as situações em uma balança para avaliar a melhor saída. Nesse caso, segundo o cantor, o retorno do grupo com a formação original não seria uma boa escolha.
"Ele falou ali, mas ninguém chegou para a gente ainda. Eu não sei como seria possível isso hoje em dia. Nós fomos protagonistas de uma história muito bacana. Na época, em meados dos anos 2000 até 2005, 2006, eu achava bacana: 'A Jammil e Uma Noites é uma das bandas que atrai o público de fora para o carnaval da Bahia, os blocos lotados'. Quando você pensa nessa história, você fica assim: 'Poxa, que legal, talvez poderia dar certo'. Mas quando você pensa como terminou... Aí tem essa balança. O lado positivo tem que estar maior que o negativo", falou. "Quando a gente pensa nisso assim a gente dá uma esfriada", completou.
O artista ainda repercutiu a reação dos fãs da banda nas redes sociais. Tuca disse que observa os comentários e gosta das interações entre eles.
"Ele falou nas redes sociais, alguns fãs se manifestaram, mas tem outros fãs que conhecem mais a fundo, que são mais céticos: Galera, iria ser lindo, mas não há condição. Deixa cada um na sua, como está. Deixa eles viverem a vida deles. Não vamos ficar instigando uma coisa'. Eu gosto de ver os comentários".
Redação iBahia
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