O Maroon 5 movimentou Salvador na noite do domingo (13) e levou milhares de pessoas ao Parque de Exposições para assistir ao tão esperado show comandado por Adam Levine e sua turma. A equipe do iBahia esteve por lá, desta vez como espectador, e registrou as impressões da festa. Acompanhe!
Aline Caravina - Editor Para quem comprou os convites lá em agosto de 2015, a expectativa para o show do Maroon 5, na noite do domingo (13) era grande, das maiores na verdade. Afinal, foi quase uma gestação de sete meses à espera do show internacional em Salvador. E, verdade seja dita, Adam Levine e sua trupe não decepcionaram. A apresentação foi exatamente o que os fãs esperavam: sucesso atrás de sucesso. Pouca conversa do ídolo pop e muita música, em aproximadamente 1h30 de show. O público - fiel, afinal cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições - não decepcionou a banda. Adultos, adolescentes e crianças (sim, tinham muitas!) faziam coro nas músicas mais esperadas. Desde 'Animals', na abertura do show, passando por 'This Love', 'Moves Likes Jagger' e finalizando com o hit 'Sugar'. Carismático, Adam arriscou o português, com um singelo obrigado e, já em inglês, pediu desculpas aos outros lugares que o Maroon 5 já passou, mas disse que o povo no Brasil é 'f#$%&'. E somos, né? Até aí tudo bem, se não precisássemos ter que ir embora do Parque de Exposições, quando o show acabou, por volta das 21h30. A logística pecou, e pecou feio. Nem em dias mais cheios de Festival de Verão, que recebe aproximadamente 50 mil pessoas por dia, a Avenida Paralela ficou tão congestionada. O estacionamento tão tumultuado, os pontos de ônibus tão cheios. E taxi? Ahh... esses eram raros por lá. Parecia que nada ao redor funcionava. Dentro também não foi muito diferente. Caixas sem troco, bares confusos, atendentes perdidos. E, para piorar, na hora da saída um dos portões de acesso estavam fechados. Foi vaia para todo lado. Cláudia Callado - repórter Depois de muita expectativa, enfim Maroon 5 chegou à Salvador. Um show internacional em uma cidade que, infelizmente, não está acostumada a receber tantos grandes nomes do mundo à fora, sempre gera expectativa, seja em relação ao show em si ou à infraestrutura. Sem saber o que esperar, resolvi ir cedo ao show e não tive problemas – nem para estacionar em um dos estacionamentos do Parque de Exposição, nem para entrar no local. Diferentemente do que o público soteropolitano está acostumado, Maroon 5 entrou no palco pontualmente às 20h. Em um show previsível – já que a banda manteve o mesmo repertório, na mesma ordem, dos shows de Porto Alegre e Belo Horizonte – Adam Levine empolgou os fãs, desde crianças a adultos. O som estava bom mesmo para quem estava na pista – meu caso – e aparentemente o público correspondeu às expectativas. Não estava completamente lotado, mas deu para sentir um bom movimento. A parte ruim, em relação ao show, fica a curta duração: apenas 1h30 exatas e 16 músicas. E se na entrada não tive problemas, na saída a situação foi outra. Um espaço pequeno para todas as milhares de pessoas que estavam por lá saírem na mesma hora. Não tinha como dar certo e não ser lento. Sem contar a demora para conseguir sair do estacionamento que foi mais de 1 hora.
Naiá Braga - Repórter Desde o finalzinho da tarde do domingo, o coração já estava acelerado na expectativa de ouvir uma das trilhas sonoras mais doces e suaves dos meus pouco mais que 20 anos. Finalmente, eu iria ver o Maroon 5, ali, de pertinho... cantar junto com Adam e imitar seus falsetes agudinhos tão sexies quanto às suas tatuagens. No entanto, chegar ao Parque de Exposições no começo da noite de ontem pareceu uma maratona das mais cansativas. Ao avistar o fluxo de veículos na Avenida Paralela, imaginei o quão seria difícil chegar, estacionar e curtir o show. Ainda dentro do carro, recordei que entre aqueles veículos, certamente, não estariam apenas fãs dos californianos, mas também os animados torcedores de Bahia e Vitória, que regressavam tristes e contentes da Arena Fonte Nova após mais um BA X VI. Ao chegar mais perto da entrada do parque, notei que não havia uma viatura da Transalvador para orientar os veículos a respeito dos acessos aos estacionamentos privados. Aliás, sinalização e orientação foram duas faltas graves da organização do evento: os fãs que chegavam atrasados, corriam e se batiam na tentativa de identificar os acessos à pista ou frontstage. Lá dentro (no frontstage), eu nem imaginava, mas começaria outra batalha: comprar uma bebida. A água era vendida no balcão em que os mesmos atendentes que recebiam o dinheiro, liberavam as bebidas. Então, para ser atendido (já que o número de compradores era imenso) as pessoas precisavam contar com a sorte do atendente olhar para você ou ainda de ter troco.
Rafael Sena - Editor Chefe Shows internacionais geralmente começam na hora marcada e eu adoro isso. Com Maroon 5, no Parque de Exposições, não foi diferente. 20h Adam Levine estava no palco pronto para começar com os maiores sucessos da banda - para levantar a galera, ele começou com 'Animals'. A apresentação em si ultrapassou minhas expectativas - cantor animado, público mais ainda. Pelo menos no fronstage, onde fiquei, a euforia dos fãs rolou solta. Havia ali grupo de amigos, casais, solitários e muitos adolescentes, mas todos com um perfil único: fãs da banda Maroon 5. Todos cantando junto com Adam, da primeira à última estrofe de toda música. No final, depois de encerrar com 'Sugar', seu mais recente sucesso, tive a impressão de que ele poderia ter interagido mais com o público baiano. Ele surgiu com uma bandeira brasileira, mas não atendeu ao bairrismo soteropolitano. Ponto contra dele, dada a quantidade de fãs no Parque de Exposições. Alguns amigos que tenho envolvidos em música dizem que é obrigação de qualquer cantor dar uma 'google' no local do próximo show. Mas para quem foi mais pela música do que pelo cantor, nada a reclamar. Infraestrutura - Não há a menor condição de um consumidor pagar R$150, R$200, R$300 ou mais em eventos desse porte e passar por alguns dificuldades que não podem acontecer nem em show de graça em boteco da esquina. Maroon 5 encerrou a apresentação por volta das 21h30 e a hora de sair do Parque de Exposições foi um Deus nos acuda. As muitas grades colocadas nos acessos ao local impediam o escoamento do público em tempo hábil. A saída não tinha mais do que três portões estreitos. Logo se formou uma massa espremida em corredores. Suei mais nos dez minutos que levei para passar do Portão do que durante toda a apresentação da banda. Como moro muito perto do Parque, voltei para casa a pé. Mas não esperava ouvir e ler os relatos sobre falta de táxi, engarrafamento e dificuldades para deixar a região. Gente chegando em casa 4h da manhã ou esperando mais de duas horas depois do encerramento do show para entrar em um táxi. Guardadas as devidas proporções, queixas bem parecidas com as do período de Carnaval. O clichê, infelizmente, continua: o quanto Salvador está preparada para satisfazer seu público?
Foto: Magali Moraes / Divulgação |
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