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MÚSICA

Vida do cantor Chico Science vai virar cinebiografia

Chico Science e sua Nação Zumbi misturavam ritmos tradicionais do Nordeste com influências plurais, como o hip-hop e o funk

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Redação iBahia

10/12/2018 às 21:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:03 - há XX semanas
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Há 27 anos, o Brasil começava a testemunhar uma de suas últimas revoluções artísticas de relevância nacional, o manguebeat, vindo do Recife. Para provar que modernizar o passado é uma evolução musical, Chico Science e sua Nação Zumbi misturavam ritmos tradicionais do Nordeste com influências plurais, como o hip-hop e o funk. Em 1997, porém, a trajetória de Science era encurtada precocemente por um acidente automobilístico. Documentários já contaram a história do movimento manguebeat e de Science, mas, agora, pela primeira vez, Francisco de Assis França vai inspirar uma obra de ficção.

Em fase de pré-produção, pesquisa e captação de recursos, a cinebiografia do músico de Olinda é produzida por Denis Feijão, executivo de documentários musicais como “Sabotage: Maestro do Canão” e “Raul Seixas: O início, o fim e o meio”. Através de sua empresa, a Elixir Entretimentos, Feijão adquiriu os direitos para a história junto a Louise Taynã, filha de Science, que vem colaborando diretamente com o projeto.

Foto: Reprodução

— Chico Science é um dos nossos super-heróis. Um cara que sonhava com os pés no chão e sabia que assim ia voar. É um trabalho pelo qual tenho muito apreço. Estamos captando recursos, agregando pessoas, parceiros, para construir esse panorama artístico e, em dois anos, no máximo, começar a filmar — prevê Feijão.
Ainda em estágio inicial, o longa ainda não tem diretor definido nem elenco escalado. O produtor adianta, porém, que vai escolher um cineasta “da nova geração”:
— Tenho uma parceria com a Louise nesse sentido. Queremos alguém que tenha absorvido o manguebeat, que saiba o que o Chico representa para a cultura nacional.
O grande sucesso de “Bohemian rhapsody” , que conta a história de Freddie Mercury e do Queen com direito a grandes números musicais, gerou uma curiosidade extra quanto a cinebiografias musicais. Feijão afirma que um dos grandes desafios para o filme sobre Science será encontrar o tom e o recorte certos para contar a história.
— A tendência é buscar uma linguagem moderna, que seja acessível, como a do filme do Queen. O cinema nacional preciso disso: comunicar-se com o público, seja ele o fã de cinema ou a pessoas que não tem o hábito. Nosso filme vai ser comercialmente acessível, de fácil penetração, mas sem perder o cunho independente, que incomode e traga descobertas — garante ele, que ganhou da família de Science acesso a um acervo robusto, com cadernos de anotações e mais de 500 horas de gravações em fita cassete, entre depoimentos e criações.

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