As marcas do tempo não tiraram a beleza nem a sensualidade de Sônia Braga, eternizada no imaginário nacional como Gabriela. Em “Aquarius”, filme que estreou na última quinta-feira (1), ela vive Clara, uma viúva sexagenária, dona de um apartamento simples num prédio antigo do Recife que enfrenta as investidas de uma construtora que quer demolir o edifício onde vive. Na tela grande, ela protagoniza uma polêmica cena de sexo com Paulo, um michê vivido por Allan Souza Lima.
— Ela é traumatizada por não ter um seio. Quando eles se tocam, isso gera um conflito para ela, que é percebido pelo Paulo. É uma relação delicada, por mais que ele seja um garoto de programa — explica Allan Souza Lima, que só soube dois dias antes da filmagem que contracenaria com Sônia Braga: — Isso me gerou um certo nervosismo, que foi quebrado quando entrei na sala onde ela e o diretor estavam. Sônia é a pessoa mais generosa com quem trabalhei.
O filme contém essa e mais duas cenas de sexo, o que teria levado o Ministério da Justiça a classificá-lo para maiores de 18 anos, quando a sugestão dada foi para 16. Surpreso com o fato, o diretor Kleber Mendonça Filho evita falar que a decisão é uma retaliação política, após ele e o elenco protestarem no Festival de Cannes, chamando o processo de impeachment de golpe:
— Eu não tenho nenhuma informação que confirme essa hipótese, mas é estranho que esse filme tenha recebido classificação para 18 anos quando outras produções brasileiras que envolvem mais sexualidade tenham recebido 14 ou 16. Ainda mais por não ter sexo explícito, nem oral nem penetração — defende o diretor.
Por trás da história:
Da novela para o filme
Conhecido do público pelo MC Nenenzinho de “A regra do jogo”, Allan Souza Lima diz que os dois personagens não têm semelhanças, apesar da sensualidade. “Podem ter relação por estarem sem camisa em cena. Mas conseguimos fazer com o que o garoto de programa mostrasse sua sensibilidade”.
Primeiro filme
Este foi o primeiro trabalho de Allan no cinema. E, apesar de aparecer em apenas uma cena, ele diz que é “a” participação. “A arte proporciona essa coisa meio mágica. A cena foi gravada no rolo 100 das filmagens, que é sempre de comemoração no cinema”, lembrou o pernambucano.
Mais sexo
Outras duas cenas do filme “Aquarius” mostrarão uma relação sexual grupal. Elas foram feitas por Joana Gatis, Tavinho Teixeira e mais um grupo de atores.
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Redação iBahia
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