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Polêmica

Ator que fez Agostinho critica corte em foto de 'A Grande Família'

Nas redes sociais, Pedro Cardoso compartilhou desabafo e disse que 'apagamento não é acidental'

foto autor

Alan Oliveira

17/02/2024 às 17:59 - há XX semanas
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Pedro Cardoso, que deu vida ao emblemático Agostinho em "A Grande Família", fez um longo desabafo nas redes sociais neste sábado (17).


				
					Ator que fez Agostinho critica corte em foto de 'A Grande Família'
Ator que fez Agostinho critica corte em foto de 'A Grande Família'. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ator usou o perfil oficial no Instagram para se pronunciar com os fãs depois de ver que teve o rosto cortado do destaque da série, que pertence à TV Globo, na Globoplay.

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Na legenda de uma foto onde mostra o recorte feito na plataforma, o ator falou sobre uso de imagem e citou problemas que teve com isso ao longo dos anos.

"Eu me insurjo contra a ilegalidade legalizada do direito autoral desde o meu primeiro dia na profissão. E acumulo derrotas. O apagamento da minha figura no cartaz promocional de A Grande Família não é acidental. É determinação de me apagar da história. Patético!", diz o final do desabafo.

Vale lembrar que Pedro Cardoso tem uma série de problemas com a emissora e até mesmo com a atriz Guta Stresser, com quem viveu par romântico ao longo das 14 temporadas da série.

Veja o desabafo na íntegra:

O DIREITO AUTORAL E A AUTOIMAGEM NACIONAL.

A ética, eu penso, deveria forçar um equilíbrio de poder na relação econômica-simbiótica entre o comerciante investidor e o artesão. Assim deveria ser pelo imperativo ético que reclama justiça; e de estarem ligados por interesse comum e mútua dependência. Mas o sistema jurídico atual autoriza o comerciante investidor a se apossar da totalidade da titularidade da criação do artesão. E, mesmo que a lei proteja o direito moral - que garantiria ao autor sua autoria sobre a obra - a lei permite que o comerciante investidor se faça dono de obra chamada coletiva. E, para além da lei, ainda o poder econômico permite o abuso de a obra ser modificada pelo comerciante investidor a contra gosto de seu autor, o artesão. Está nos contratos e os tribunais, ao que sei - e não seu tudo - creio que confirmam o direito e sua extensão para além. Eu disse, faz algum tempo, que se houvesse no Brasil profissionais de jornalismo honestos e livres eles investigariam os contratos impostos aos criadores de áudio-visual pelos comerciantes investidores e seus prepostos. Mas a imprensa cultural do Brasil se dedica mais a fofoca dos “famosos” e suas vidas particulares do que a assuntos consequentes da vida cultural. Faz dinheiro mais fácil falar sobre coisa alguma do que sobre a realidade do país. E também a classe artística - a cada dia mais vazia de artistas - se cala sob a ameaça do desemprego, embora alguns mantenham a pose de pessoas de sucesso. A questão do aprimoramento da defesa do direito autoral pode parecer um mero interesse classista. Mas a interferência deformadora do comerciante investidor na obra de arte faz com que o povo se veja deformado ideologicamente no seu espelho áudio-visual, e outros. A defesa do direito autoral é defesa da fidelidade do reflexo que o artesão produz do seu povo, questão de soberania nacional, aprendi com Ariano e com Amir, e tantos mais. Eu me insurjo contra a ilegalidade legalizada do direito autoral desde o meu primeiro dia na profissão. E acumulo derrotas. O apagamento da minha figura no cartaz promocional de A Grande Família não é acidental. É determinação de me apagar da história. Patético!

Veja como é a foto original:


				
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Ator que fez Agostinho critica corte em foto de 'A Grande Família'. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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