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Brown critica axé music e fala sobre saída de Bell do Chiclete

Para o cacique, falta coragem no setor

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24/10/2013 às 11:25 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:17 - há XX semanas
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Em palestra na Feira do Empreendedor, Carlinhos Brown se posicionou com relação à saída de Bell Marques do Chiclete com Banana e o desgaste da axé music na Bahia. "Eu acordo noite e dia e vejo alguma crítica sobre alguém, sobre um músico, e não vejo ninguém preocupado em surpreender. O que é surpreender? É contar a história do Chiclete e não chorar com Bell. Porque a emoção de Bell é dele. Quem sabe a história do Chiclete realmente?", declarou o cacique na noite de quarta-feira (23).
O I Simpósio Música e Empreendedorismo discutiu a cadeia de produção da música e o mercado de cultura e contou com a participação de profissionais da área e do secretário Guilherme Bellantani. Ainda sobre a saída de Bell, Brown declarou: "Eu citei Bell, como um pequeno exemplo. Porque eu tenho visto um gigante que se posiciona e diz assim 'Eu vou sair do conforto, eu vou abandonar o trono, eu vou descer do Olimpo' e as pessoas não se conformam". Veja também: Já em carreira solo, Bell Marques vai puxar trio sem cordas no Carnaval Bell Marques mostra bastidores da gravação do primeiro clipe sem o Chiclete; Irmão de Bell Marques divulga vídeo sobre futuro do Chiclete com Banana; "Eu não conseguia dar um sorriso nesse Carnaval", diz Bell Marques em entrevista
O cacique foi duro ao criticar o axé music, que, segundo ele, está em "crise". "Às vezes , nessa força do Olimpo, o cara não desce, não ouve o produtor e erra. Começa a se repetir, se repetir, se repetir... E vira axé music", afirmou ao admitir que esta é também uma autocrítica. Para Brown, "o que falta nesse setor é um pouco de coragem".
Quando perguntado sobre o futuro do axé, Brown foi categórico: "O axé está começando. O axé que nós implantamos foi um axé de festa, poderia dizer até um axé pagão. Esse axé music surgiu como um escárnio para nós, que estávamos fazendo batucadas, letras fáceis e bobagens até", ponderou. Brown também creditou o desgaste do axé que se tem hoje a pressões externas, "começamos a atender apenas os caprichos dos veículos externos à Bahia, ou seja, o que parecia com Rio e São Paulo. Nesse momento não era eu, não Margareth, não era Marcionílio, nem era Luiz Caldas. Foi o que fez se perder", concluiu o artista. *Sob orientação de Diego Mascarenhas

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