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Com doença degenerativa,ex-ator recebe visita apenas da família

Guilherme Karan, de 56 anos, sofre do mal de Machado-Joseph, que afeta o sistema nervoso

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03/12/2014 às 13:14 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:25 - há XX semanas
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Guilherme Karan, que fez sucesso em muitas novelas da Rede Globo, como 'América', 'O Clone', 'Hilda Furacão' e 'Meu Bem, Meu Mal', segue internado no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde fevereiro. O ator, de 56 anos, sofre do mal de Machado-Joseph, uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central. Segundo pessoas próximas ao ator, o estado de saúde dele é delicado e inspira cuidados.
Deprimido ao se ver cada vez mais frágil, ele aceita receber visitas apenas de familiares. Em recente entrevista, o pai dele, Alfredo Karan, disse que o filho prefere se recolher neste momento e não quer que ninguém o veja como ele está. Como o estágio da doença está avançado, Karan também já está com fala e coordenação motora comprometidas.
De acordo com o pai de Guilherme, o ator passou por uma gastrotomia e não se alimenta mais – a cirurgia faz com que o alimento seja levado diretamente ao estômago. Ele disse ainda que uma irmã de Karan sofre da mesma doença. Outros quatro irmãos do ator teriam tido o mesmo diagnóstico, que seria herdado da mãe. “Na última novela que ele fez ('América', em 2005), já não estava bem, trabalhava se segurando nos móveis. As pesquisas médicas continuam, mas ainda não descobriram o antídoto para neutralizar os sintomas. A prioridade em achar a cura dessa doença não é tão grande quanto para o Alzheimer ou o Mal de Parkinson, que são mais divulgadas", contou Alfredo ao Ego em agosto. "Ele assiste sempre aos programas que fez e fica com os olhos cheios de água. Ele era alto, robusto, cheio de vida, agora ficou assim", completou.
A doença de Machado-Joseph é conhecida também por ataxia espinocerebelar do tipo 3. Ela pode afetar até três gerações de uma família e apresenta até 50% de chances de hereditariedade de pai para filho.
Degenerativa, a doença se manifesta entre os 35 e 50 anos e pode provocar atrofia no cerebelo, tronco cerebral, medula, nervos periféricos e o núcleo da base cerebral.
Correio24horas

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