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Corpo de dançarino de pagode Nego Pom é sepultado em Pirajá

A esposa do artista, Larissa Souza Santiago, 20, passou mal durante o enterro e precisou ser carregada por amigos

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Redação iBahia

23/06/2016 às 18:14 • Atualizada em 27/08/2022 às 17:34 - há XX semanas
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O corpo do dançarino e produtor Marcos Venício Santos de Jesus, 32 anos, o Nego Pom, que foi morto a tiros e pedradas no Subúrbio, foi sepultado nesta quinta-feira (23) no Cemitério Municipal de Pirajá. Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia de enterro, em meio a muita emoção.
A esposa do artista, Larissa Souza Santiago, 20, passou mal durante o enterro e precisou ser carregada por amigos. Entre as centenas que compareceram para a despedida do dançarino estavam família, amigos, fãs e moradores de Pirajá, bairro onde Marcos Venício foi criado. Depois do enterro, uma pequena manifestação com cerca de 30 pessoas aconteceu. A pista em frente ao cemitério foi fechada, em meio a pedidos de justiça pela morte.
Tio do dançarino, o rodoviário Altamirando Teles, 62, lamentou a perda. "Era uma pessoa excelente, muito alegre e foi uma injustiça que cometeram com ele. Só ele para dizer o que aconteceu", afirmou. O amigo de infância Carlos Patrício, 32, conhecido como Negão, também falou de Nego Pom. "Ele era um cara muito alegre, dava aula de dança para os jovens. Não tenho nem o que dizer dessa morte, veio totalmente inesperada", disse.
Crime
Guiado pelo GPS, o dançarino e produtor Marcos Venício Santos de Jesus, 32 anos, queria chegar em Vista Alegre. No entanto, acabou parando na Nova Constituinte, em Periperi, território da facção Bonde do Maluco (BDM), local onde foi atacado a tiros e pedradas, na tarde de terça-feira (21). Segundo uma moradora da região, ele procurava sem saber uma pessoa ligada a uma facção rival. Marcos Venício, dançarino da banda Guetto é Guetto, morreu nesta tarde.
“Ele estava de moto e visivelmente perdido. Perguntou como fazia para chegar em Vista Alegre, porque tinha que pegar o dinheiro na mão de um tal Jefinho para pagar a banda que produzia, a Hit Hall’s”, disse a mulher, que inicialmente não reconheceu o dançarino. “Eu o via com os dreads, mas como ele estava sem, nem liguei o nome à pessoa. Só alguns minutos depois que o reconheci, quando caído e coberto de sangue”, contou a mulher ao CORREIO.
De acordo com a testemunha, por volta das 15h, Marcos Venício entrou na Rua Ana Cristina, que liga a Nova Constituinte a localidade do Congo. Ele queria sair a logo da Nova Constituinte e entrou por conta própria na Rua Ana Cristina, onde parou a moto em frente a um lava-jato. Em seguida, desceu falando no celular, como se estivesse querendo confirmar o endereço com alguém.
“Então, entrou em um bêco, onde subiu uma escadaria. Foi quando ele perguntou a um grupo de rapazes sobre um tal de Jefinho e que tinha que pegar uma encomenda na mão dele. Esse Jefinho é do grupo rival. Ele estava no lugar errado, na hora errada e falado com as pessoas erradas”, contou a moradora.
Segundo ela, cerca de dez minutos após o dançarino entrar na Rua Ana Cristina, os tiros foram disparados. “Foram bem uns dez que escutei. Entre um disparo e outro, a gente ouvia ele dizendo: ‘Porque isso? Porque isso?’. Foi terrível o que fizeram com ele. Quando cheguei para ver, ele estava lavando de sangue e a massa encefálica exposta por causa das pedradas na cabeça”, relatou.
Procurado pelo CORREIO, o delegado Nilton Borda, titular da 5ª Delegacia (Periperi), disse que esta é uma das versões que estão sendo investigadas. “Essa informação chegou até nós, assim como outras, a exemplo que o atacaram para roubar a moto, mas não há nenhuma confirmação de nenhuma versão até agora. Tem que quer bastante embasamento para falar”, declarou o delegado.
Correio24horas

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