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Fernando Guerreiro se afastou temporariamente do teatro para assumir a FGM |
O produtor e diretor teatral Fernando Guerreiro, 52 anos, que assumiu esse ano a presidência da FGM (Fundação Gregório de Matos), usou o seu perfil no Facebook para desabafar e prestar esclarecimentos aos que vêm acompanhando sua atuação à frente do órgão municipal.
Veja também: Bahia não convence empresariado a investir em cultura via Lei Rouanet Como já se sabia, a missão de Guerreiro não seria fácil, visto que os problemas são muitos para se chegar ao modelo ideal de fomento das políticas municipais de Cultura e o orçamento anual da FGM, de acordo com dados de 2012, não chega a R$ 1 milhão por ano.
Leia a íntegra do desabafo de Fernando Guerreiro: "Caros colegas, de minha parte estou fazendo o possível e impossível para tirar a Fundação do buraco e tentar fazer alguma coisa. Depois de seis meses de trabalho posso garantir: a situação não é nada fácil. É muito bom experimentar o outro lado para se perceber que não depende só de boa vontade, existem uma serie de variáveis complicadas que exigem não só boas ideias, boas propostas e conversas. Exigem acima de tudo paciência, muita paciência. Visto de fora tudo parece muito simples e esquemático, de dentro a realidade é bem diferente. Mas topei e vou cumprir meu papel, mesmo sabendo que por mais que faça o coro de insatisfeitos eternos vai ser sempre imenso". Artistas, opositores e admiradores do gestor postaram frases a Guerreiro. Dentre eles está o também diretor teatral Luiz Marfuz, que apoia o colega, apesar de assumir terem "naturais divergências". Marfuz escreveu: "(...) Mesmo que ainda não tenha havido grandes realizações na FGM (seis meses, ainda é cedo) sentimos você perto, compartilhando os problemas, dificuldades e possibilidades. Isto é essencial. Cara a cara, diálogo, debate, embate, transformação, ação". A renomada coreógrafa e gestora cultural Lia Robato, também deixou um comentário de incentivo para o gestor: "Trabalhar com a máquina de nossos governos é enfrentar obstáculos financeiros, burocráticos além dos políticos partidários. Para conseguir fazer uma política cultural social é difícil, mas fascinante. Acredito que vc consegue, pois é criativo e tem jogo de cintura, além da persistência e paciência".
Política culturalFernando Guerreiro recebeu o convite para presidir a Fundação, em dezembro de 2012, do prefeito eleito ACM Neto e por Guilherme Bellintani, da pasta do Desenvolvimento, Cultura e Turismo, e se afastou das funções do teatro para assumir o desafio de dirigir o braço cultural do município.