Gloria Perez confirmou nesta terça-feira, durante evento que acontece no auditório do CAP 1.0, unidade de Saúde da Prefeitura que concentra as aulas do Projeto Damas, que a próxima novela das nove da Rede Globo, escrita por ela, terá um homem transexual. A previsão de estreia de “À flor da pele” é 2017. Questionada sobre a polêmica de ter escalado uma atriz para fazer o papel e não uma trans, ela respondeu que escolha foi para poder contar a história da transformação.
"Eu poderia escalar um trans se fosse uma transformação de homem para mulher, mas o contrário é mais difícil porque essa atriz já teria barba, uma série de características masculinas, como você vai começar a contar a história?", comenta a autora, que detalha que haverá atores trans em vários papéis da novela: "haverá espaço que não tem nada a ver com ser trans, um motorista, por exemplo, pode ser trans. São pequenas coisas, porque papel principal para a novela das nove precisa ter um nome, isso é uma coisa que vocês entendem. Fizemos milhares de testes com atores trans, para eles entrarem quando a novela entrar nessa abertura da garota. E também vou usar trans sem falar que é, a não ser que a pessoa queira".
Gloria conta ainda como será a evolução dessa personagem que já está dando o que falar: "ela é filha de uma mulher que sempre sonhou em ter uma menina, para fazer dela uma mulher ideal, e a filha não se identifica. Essa primeira parte vai demorar um mês e meio para ir ao ar. Quando ela se descobrir e começar a fazer a transformação, vai ter vários trans reais que entrarão na trama. Ela vai procurar pessoas que viveram a mesma angústia e através dessas pessoas vai saber o caminho a tomar.
Acostumada a lidar com assuntos polêmicos em suas produções, a autora, numa de suas falas, deixou claro para o público que a tramas como essa costuma trazer luz para pessoas até então esquecidas". "É legal que vocês estejam preparadas porque quando essa novela estrear vocês serão procuradas, haverá uma escuta muito grande para todo tipo de problema que você vai ver agora e que não se deu muita importância. Porque, infelizmente é isso, a gente vive num País que através de uma novela pode fazer mais do que através de uma mobilização organizada", explica a autora.
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Redação iBahia
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