O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) enviou um parecer à Justiça indicando a ausência de indícios de crimes por parte do cantor sertanejo Gusttavo Lima, indiciado por lavagem de dinheiro ligada a jogos ilegais. O artista é alvo de investigação na Operação Integration.
O documento, encaminhado na última quinta-feira (10), foi dirigido à juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, conforme apuração do G1, e assinado por cinco promotores do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
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Gusttavo Lima passou a ser investigado por supostamente vender um avião a uma empresa de apostas online e, em seguida, negociar a mesma aeronave com proprietários de outra casa de apostas. Segundo o MP, não há provas de que ocorreu lavagem de dinheiro nessa transação.
Os promotores argumentam que os valores envolvidos dizem respeito apenas a uma das empresas de apostas, sediada na Paraíba, sem ligação com a outra que opera em Pernambuco. Assim, o MP solicita que a juíza reconheça a incompetência da 12ª Vara Criminal e encaminhe o caso para a Comarca de Campina Grande, na Paraíba.
Gusttavo Lima revela reação ao descobrir pedido de prisão e faz apelo
Gusttavo Lima voltou a se manifestar após ser indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco, por suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em nova entrevista, o cantor afirmou que "nem sabe como lava dinheiro" e revelou como recebeu o pedido de prisão.
Ao portal Migalhas, o cantor deu novamente a versão da parceria com a casa de apostas "Vai de Bet", e considera ter o nome vinculado como dono da empresa "uma grande loucura".
"O contrato foi firmado em 2022. A gente cumpriu 100% com a empresa, e a empresa 100% com a gente. Nesses dois anos eu fui garoto-propaganda deles. Não sou dono da Vai de Bet, é isso, isso é uma grande loucura, esse achismo de querer me ligar a tudo isso, como se eu fosse o chefe do negócio. Esse tipo de contrato a gente tem com, no mínimo, oito grandes marcas. A gente tem essa parceria e executa parcerias fora do Brasil", explicou.
Ainda segundo Gusttavo Lima, ele já tinha enviado o material para a Justiça de Pernambuco quando recebeu o pedido de prisão. "A gente enviou todo o nosso material para a Justiça de Pernambuco. Depois, eu me surpreendo com o pedido de prisão. Quando a polícia foi no nosso escritório, a gente estava na Grécia", revelou.
"Desde o começo a gente está de boa-fé, agora, é fazer essa nuvem toda como se o Gusttavo fosse o culpado de tudo. Eu acho isso uma grande loucura. O Gusttavo fez contrato com bet? Fez! Mas quantos outros artistas fizeram? Quantos programas de televisão fizeram? Todos os times de futebol fizeram. Então vai ter que mandar prender o país inteiro", rebateu o cantor.
Ainda na entrevista, o sertanejo fez um apelo pela regulamentação das bets, acreditam que isso pode proteger o meio. "A gente deseja uma regulamentação, que pode proteger os meios de pagamento, a casa, os apostadores também, e destinar uma parte do imposto para o Brasil, para saúde e educação", continuou ele.
Por fim, Gusttavo Lima defendeu a Justiça e a investigação, e se diz à disposição das autoridades. "Não é justificando, tem que haver justiça. Quando se identifica algo, investigue! Eu estou à disposição das autoridades. Fiquem à vontade. Pode olhar tudo, não tenho nada a esconder. Eu nem sei como lava dinheiro, a minha vida foi sempre fazendo as coisas certas. Falaram que eu fugi, que loucura é essa? Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor", finalizou.
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Naiana Ribeiro
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