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História pouco atrativa sentencia fracasso de Geração Brasil

Novela das sete ofuscou narrativa com acessórios modernos e complicações artificiais

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31/10/2014 às 17:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 3:20 - há XX semanas
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Na tentativa de driblar a antecessora Além do Horizonte (2013), novela fracassada que abordou a aventura como gênero, a Globo se voltou mais uma vez à comédia na faixa das 19h apostando em Geração Brasil, da dupla Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Se o objetivo supremo era levar humor ao longo dos seus quase seis meses em que foi ao ar, diante de uma história pouco atrativa, da frieza nos diálogos e da falta de vibração das sequências em que eram amarradas, com expressões soltas em inglês usadas como enfeite pelos personagens americanizados, aparentemente com a obrigação de fazer rir, a trama coloca um ponto final nesta sexta-feira (31) sem empolgação.
Ainda que tenha feito várias citações a seriados, filmes e modas das redes sociais, não houve nenhuma dose de grandeza que prendesse o telespectador à narrativa, não houve brilho e estridência, e o resultado, consequentemente, foi uma novela abarrotada por personagens e situações estapafúrdias, que não conseguiram criar verdadeira intimidade, fazendo com que seus capítulos pouco tenham sido comentados pelo público.
Geração Brasil levou ao ar o tema da tecnologia, sem distinção de idade, assunto bastante oportuno para a sociedade contemporânea. Mas, como foi alarmado na crítica de estreia, pecou por não saber conter o tema proposto, recheando a narrativa de acessórios modernos e várias complicações artificiais, que não por menos serviram como uma camisa-de-força para o desenvolvimento da narrativa.
Na história, Jonas Marra (Murilo Benício) com jeito de Tufão do Divino (personagem que o ator interpretou em Avenida Brasil), mas com traços de Steve Jobs, criador da marca Apple, sai do Brasil para os Estados Unidos nos anos 1990, onde emplaca seu computador popular. Ganhou milhões, casou-se com uma atriz de seriados e anos depois decidiu voltar ao Brasil em busca de um sucessor para seu império. É quando conhece a personagem de Taís Araújo, a protagonista da história, e os personagens de Humberto Carrão e Chandelly Braz, que logo se apaixonam. Ambos os casais, como já se podia esperar de novela, caem em armadilhas de vilões, se separam, mas volta e meia lutam para ficarem juntos.
Entretanto, nem personagens principais e nem personagens secundários, ainda que sejam interpretados por bons atores, não conseguiram ser mais carismáticos que as empreguetes de Cheias de Charme, sucesso da mesma dupla de autores em 2012, o qual a Globo tanto sonhava se repetir. Apesar de Geração Brasil ter grande parte do elenco e equipe de colaboradores, diretores figurinistas etc da novela das empreguetes, ela prova ao mesmo tempo que não há receita para o sucesso, mas a regra que prevalece perante o público, sobretudo, é que os autores precisam saber contar uma boa história. Caso contrário, sem causar frisson como é o caso, entra na lista de mais uma novela com narrativa barata que não merece ver de novo. Com supervisão e orientação da repórter Marília Galvão*

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