A investigação da Polícia Civil de Pernambuco aponta que a advogada Dayanne Bezerra, irmã de Deolane Bezerra, tentou sacar R$ 2 milhões em espécie, alegando que iria comprar um apartamento. A movimentação chamou a atenção das autoridades, que passaram a investigar a situação.
O caso ocorreu em novembro de 2023 e foi divulgado nesta quarta-feira (18). Segundo dados obtidos pelo Diário de Pernambuco, o imóvel que seria adquirido fica em São Paulo e pertencia ao irmão de um outro influenciador digital.
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Quando Dayanne tentou sacar o dinheiro, o Conselho de Controle de Atividades Finanças (Coaf), que é ligado ao Banco Central e apura suspeitas de lavagem de dinheiro, alertou a Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), da Polícia Civil.
O alerta apontava que a movimentação da advogada era suspeita e “incompatível” com a renda dela, que, na época, era calculada em R$ 21,4 mil, conforme pontuou o documento.
O relatório integra o inquérito da Operação Integration, que prendeu Deolane Bezerra, a mãe dela, Solange Bezerra, e outras pessoas. Apesar de citada, Dayanne Bezerra não é suspeita.
Entenda investigação que cita irmã de Deolane Bezerra
A investigação aponta que a conta da advogada recebeu R$ 6.155.188,24, entre os dias 1 de abril e 30 de setembro de 2023, sendo 93% transferidos via Pix. Já os débitos fecharam R$ 6.125.108,96, sendo 50% aplicação em investimento e 36% movimentação via Pix.
Ainda conforme a polícia, o suposto contrato de compra e venda do imóvel não foi apresentado e, conforme apurou a polícia, o apartamento não estava no nome do suposto dono.
A movimentação acabou barrada pela instituição financeira, que também decidiu encerrar as contas da influenciadora e da família dela.
Habeas corpus negado
Nesta quarta-feira (18), Deolane Bezerra teve um novo pedido de habeas corpus negado. A defesa da ex-A Fazenda já contestou a decisão do desembargador Otávio de Almeida Toledo.
Os advogados entraram com um agravo regimental contra a decisão do desembargador, que negou mais um pedido de habeas corpus de Deolane. As informações são de Leo Dias.
O agravo regimental é um recurso judicial que possui objetivo de que a decisão seja reanalisada e é geralmente tomada quando a defesa, ou acusação, discorda de uma decisão tomada no tribunal.
Com esse recurso, o habeas corpus será analisado pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que inclui o desembargador Otávio de Almeida Toledo e outros quatro magistrados. Ainda não existe data para o novo julgamento.
A advogada e influenciadora está presa na Colônia Feminina Penal de Buíque, em Pernambuco, desde a última terça-feira (10), após descumprir medidas cautelares.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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