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Jô Soares se emociona durante programa ao defender José de Abreu

Recentemente, os artistas estiveram envolvidos em confusões pautadas por questões políticas

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28/04/2016 às 11:27 • Atualizada em 01/09/2022 às 13:53 - há XX semanas
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Jô Soares não conteve a emoção ao defender José de Abreu e Chico Buarque durante seu programa, exibido na madrugada de terça para quarta-feira. “Me perdoem, mas eu tinha que fazer esse desabafo que estava contido aqui há muito tempo”, concluiu o apresentador após expor seu pensamento. Em seguida, ele pediu palmas para o compositor de “A banda”.
Recentemente, os artistas estiveram envolvidos em confusões pautadas por questões políticas. Ambos se posicionaram publicamente a favor do Partido dos Trabalhadores (PT) e contra o processo de impeachment da presidente Dilma.
Na noite da última sexta-feira, o ator cuspiu num casal após uma severa discussão. Eles estavam num restaurante japonês em São Paulo e, de segundo José de Abreu, foi insultado pelos vizinhos de mesa. Em entrevista ao Extra, o veterano justificou o ocorrido.
“O casal estava sentado ao nosso lado e a minha mulher começou a perceber que o homem começou a xingar a gente. Ele falava que o nosso dinheiro era de roubo, de Lei Rouanet, nos xingava de safados. Minha mulher, percebendo que eu ainda não tinha ouvido, tentou evitar que eu escutasse. O cara ao lado começou a me chamar de ladrão e a chamar minha mulher de vagabunda. Foi natural: fiquei com a cabeça quente. Quem não ficaria?”.
Foto: Reprodução/TV Globo
Crítica à ignorância
Durante sua tradicional conversa sobre política com as “Meninas do Jô”, o apresentador criticou os detratores de Abreu, cujo último papel na TV foi como o vilão Gibson de “A regra do jogo”.
“Além da maldade e da ignorância, há uma perversidade ao dizer que o José de Abreu vive às custas da Lei Rouanet. É uma ignorância, uma mentira, um total desconhecimento da lei. (...) As pessoas falam sem conhecimento só para agredir: ‘Ah, se ele é a favor do governo, é claro que ele se beneficia de alguma forma’”.
Em seguida, resgatou um episódio mais antigo, quando, em dezembro do ano passado, Chico Buarque foi hostilizado numa das esquinas do Leblon, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais uma vez, a motivação da abordagem foi de cunho político. Na ocasião, um grupo acusou o PT de ser “bandido”. O apresentador disse estar envergonhado e indignado, acrescentando: “Nenhum artista merecia isso”. Confira:
“O Chico Buarque não poder sair de casa e ir jantar com os amigos sem ser agredido ou ofendido. O Chico Buarque, que é um patrimônio desse país. Mesmo que não concordem... Feliz o país que tem um Chico Buarque. Eu fico comovido, envergonhado. Um homem que tem que ser reverenciado, sai com os amigos e é agredido de uma forma mesquinha. Nenhum artista merecia isso, principalmente um artista que já representou o Brasil e representa a sua revelia. Não é que ele sai por aí promovendo um país. Ele, naturalmente, é um brasileiro do qual todo brasileiro precisa se orgulhar, independente de gostar ou não da música ou de sua tendência política. Se ele é do PT, ou seja o que for. Eu fico indignado com esse tipo de atitude. Me perdoem de ter me emocionado aqui, mas realmente não entendo. Foge a compreensão, no meu ponto de vista, de qualquer brasileiro que acompanha esse país e que veja as coisas indignas que acontecem aqui e, de repente, há uma pessoa da maior dignidade que não pode sair de casa porque corre o risco de ser agredido por um bando de idiotas e de ignorantes. Me perdoem, mas eu tinha que fazer esse desabafo que estava contido aqui há muito tempo. Palmas para o Chico Buarque”.

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