A partir desta terça-feira, todos os holofotes estarão em Brau. Já com diversos clipes gravados, um site oficial e elogios de grandes nomes como Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown, o mais novo astro da música brasileira invadirá nossas casas todas as terças, após a novela A Regra do Jogo, na Globo/TV Bahia.
Estrelada por Lázaro Ramos e Taís Araújo, que dará vida a mulher, dançarina e empresária de Brau, a série Mr. Brau tem a grande responsabilidade de substituir o sucesso Tapas & Beijos. “Primeiro, vamos fazer da melhor maneira possível e entregar a série ao público. Acho um programa bacana de estar na televisão. Uma história leve, com humor, sobre família, sobre autoestima e feito com muita qualidade. Quem vai decidir o futuro é o público”, afirma Lázaro, 36 anos.
Apesar disso, Jorge Furtado, o redator final da série, garante que já serão gravados episódios para uma possível segunda temporada. “O Brau é uma mistura de vários talentos brasileiros. Tim Maia, Raul Seixas, todos esses grandes e indomáveis artistas... Brau é assim. Ele é um grande talento e incontrolável. A gente adora esses caras todos, mas talvez não quiséssemos ser vizinhos deles”, diz Jorge, entre risos.
Festeiro
Nascido em comunidade carioca, Brau ganhou o mundo com sua eclética música, que mescla gêneros como pop e ritmos africanos. Agora, de volta ao Brasil, comprou uma mansão em condomínio na Barra da Tijuca, no Rio, e promete não dar paz aos vizinhos Andréa (Fernanda de Freitas) e Henrique (George Sauma).
“O Maurício (Farias, diretor da série) me convidou e só de saber da equipe já fiquei animada. Tivemos encontros, leituras para descoberta de personagens e depois veio a caracterização que ajuda muito. É importante que ela tenha uma cara completamente diferente da Flavinha, pois saio numa terça de Tapas e na outra semana já estou no ar com outro personagem”, pontua a atriz, 35 anos.
Quem também está em Mr. Brau é o baiano Luís Miranda. Ele interpreta Lima, amigo de infância de Brau e um dos compositores de seus hits. “A relação deles é de amizade, que vem da infância, da inspiração das músicas que os dois fazem juntos e dos arranjos que o Lima cria. A grande loucura do Lima é que ele é um fuleiro, ele não guarda dinheiro nenhum. Ele está ali com Brau, mas a alma dele é de passarinho”, pontua Luís, 45.
O ator afirma estar feliz de reencontrar Lázaro e outros nomes com quem já trabalhou. “É um desdobramento de relações de amizades que se confundem com trabalho. Além de Lázaro, meu amigo antigo, estou voltando a trabalhar com vários nomes com quem já fiz projetos”, diz ele, muito musical igual ao seu personagem. “Eu tenho essa musicalidade dentro de mim. Apesar de não tocar nada, eu escrevo, componho, tenho músicas que já foram gravadas. Tenho muitos amigos do meio também, Ivete, Jau, Caetano...”, afirma Luís, que retorna a Salvador com sua peça 7 Conto entre janeiro e fevereiro do próximo ano, em temporada no Teatro Casa do Comércio.
Diferenças
Assim como Lima, Brau também não gosta de economizar e vive bancando altas festas para os amigos. Lázaro se diferencia dele. “Como eu tenho uma produtora, a questão financeira pra mim sempre foi organizada, pois sei o que significa chegar no final do mês e não ter dinheiro para pagar os funcionários”, pondera.
Ainda entre as diferenças dele com o protagonista está o espírito festeiro. “Geralmente, as festas que gosto são as que têm amigos para bater papo. Como a rotina de trabalho é tão intensa, eu não sou de ir para baladas. Você chega, não conhece ninguém, fica ali com copo de uísque dançando no meio da fumaça...acho isso um horror”, diz, entre risos.
Já sobre as semelhanças com o cantor, ele manda: “Cada dia mais eu tenho vontade de celebrar a vida como ele celebra. E eu também tenho orgulho das minhas origens. Eu sou muito feliz, mesmo tendo deixado de morar na Bahia. Sou muito feliz com a minha origem e acho que ela tem que ser alimentada para sempre, pois ela me descreve”. Além da série, Lázaro fará outra dobradinha com a mulher no teatro na peça O Topo da Montanha, que estreia dia 9 de outubro em São Paulo. O ator comprou os direitos do espetáculo que narra as últimas horas de Martin Luther King (1929-1968).
Para ele, o trabalho em família é tranquilo e os beijos, garante, são sim técnicos. “É técnico. Beijo de língua não fica tão bonito. Fica meio ensebado...A pessoa que assiste, acha esquisito. Então tem algo de técnico nos beijos. Nossos beijos são muito melhores”, ressalta ele, que faz um balanço positivo de sua carreira no teatro, cinema e televisão. “Me sinto um privilegiado, não esperava isso no início, mesmo porque minha pretensão sempre foi fazer teatro. Isso aqui é o bônus. Esse bônus, acho que se deve primeiro a pessoas que investiram em mim, as quais sou muito grato, e segundo trabalho. Tem que trabalhar mesmo. Carreira de ator não tem certeza nenhuma. Hoje tá legal, amanhã pode não estar”, pondera.
Para Taís, 36, também é um barato contracenar com Lázaro e ela compara o casal formado por Brau e Michele a um dos mais rentáveis do mundo da música: Beyoncé e Jay Z. “Claro que quando a gente vê um casal desse, na hora, lembra dos dois. Eu fico até me achando. Mas tem muita coisa brasileira”, afirma a atriz, que brinca com a fortuna do casal, que na série, embolsa nada mais nada menos que R$ 14 milhões por mês. “Não sei nem escrever isso”, afirma, arrancando gargalhada dos jornalistas.
Helena fracassada
Assim como o marido, além de Mr. Brau, Taís se prepara para estrear a peça sobre Martin Luther King e também para gravar o filme das Empreguetes, baseado nas protagonistas de Cheias de Charme (2012). “A gente ia filmar esse ano, mas não vai dar porque está todo mundo trabalhando muito. A Isabelle tá morta porque emendou 50 novelas, eu estou na série e no teatro, mal vejo meus filhos...e a gente quer fazer bem, quer fazer bem-feito”, argumenta ela, que também fez um balanço de sua carreira, cujo primeiro papel de destaque foi em 1996 na novela Xica da Silva, da extinta TV Manchete.
“Eu fiz o que dava para fazer. Tem muita coisa para fazer ainda, claro. Mas foi tudo no tempo certo. Saí da Manchete e fiquei um tempão na Globo até encarar minha primeira protagonista que foi a Preta, de Da Cor do Pecado. Foi superbonito, foi no tempo certo, do jeito certo, com as pessoas certas”, acredita ela, que faz uma ressalva no currículo: Viver a Vida (2009).
“Minha Helena foi um fracasso e, depois dela, eu virei outra atriz”, dispara. “Comecei a entender que protagonista não é necessariamente um bom personagem. Tem tantos personagens que são muito mais ricos e que te proporcionam desafios maiores. A Helena foi importante para isso. Para eu saber que tipo de atriz eu quero ser, que tipo de papel eu posso fazer”, encerra.
* A repórter viajou a convite da Rede Globo
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