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Lemmertz relembra vídeo íntimo de Alê Borges: 'ele sofreu'

Nas imagens, ex-marido da atriz aparecia em um suposto encontro com travestis

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Redação iBahia

10/09/2018 às 10:55 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:47 - há XX semanas
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Julia Lemmertz tem 55 anos, 37 de carreira e mais de 70 trabalhos no teatro, no cinema e na TV. Tem também dois filhos (Miguel, de 18 anos, e Luíza de 30) e uma tranquilidade desconcertante ao falar de temas caros a muitos de seus colegas de trabalho.

Prestes a voltar à TV com “Espelho da vida”, novela das 18h que estreia dia 25, a atriz recebeu a coluna no apartamento onde mora, em Ipanema. Começou falando sobre Ana, “a mãe da mocinha, que faz móveis com marchetaria”, na trama de Elizabeth Jhin. E, depois de duas horas de conversa, percorreu quase todos os assuntos possíveis.

Foto: Divulgação/Daryan Dornelles

Discorreu sobre política , drogas (“Me joguei. Tinha 21 anos e meus amigos eram o Cazuza e a Bebel Gilberto”) e sobre o vazamento de um vídeo em que o ex-marido, o ator Alexandre Borges, se diverte num encontro com travestis (“Eu fecho com o Alê. Ninguém tem nada a ver com a vida dele”). Só se esquivou na hora de responder se está namorando. Enquanto o mundo virtual permitir, quer proteger o real. “Não dá mais para tomar um porre ou dançar até cair, que alguém vai filmar e por na internet. Isso não é vida”.

Muitas atrizes reclamam da falta de bons papeis depois dos 50 anos. Concorda?
Acho uma burrice. Não delas, mas de quem escreve. Temos muito mais a dizer do que meninas de 20 anos. Elas têm a a sua graça, mas falta a vivência. Na TV já sou mãe há muito tempo, daqui a pouco vou ser avó, o que não me incomoda desde que a personagem tenha uma história. Com a idade ficamos mais corajosos. Tenho amigos roteiristas, posso produzir cinema até fazendo um coletivo. É que nem a política...

Como assim?
Achar que um presidente vai resolver as coisas por você está errado. A sociedade tem que saber o que quer, não esperar um herói. Não existem heróis, o que existe é o coletivo.

Você se posiciona bastante sobre política, nas redes sociais. É criticada?
Levo cada paulada. As pessoas pensam que podem me destratar porque acho que Lula está preso injustamente. Oi? Não dá like, para de seguir, é um favor. Ter 500 mil ou 3 milhões de seguidores não me fará uma pessoa melhor.

Com 37 anos de carreira e mais de 70 trabalhos na TV, no teatro e no cinema, sente-se completa?
Claro que não! Foram muitos trabalhos e eles são uma preparação para o que ainda está por vir. Não fico olhando para trás, falando do que fiz. Mas pensando no que ainda quero fazer.

O que seus filhos acham disso?
Perdi minha mãe (a atriz Lilian Lemmertz) em 1986 e a Luiza nasceu 15 dias antes do aniversário dela, em 1988. Foi-se uma geminiana e veio outra. A gente se vê nos filhos. O Miguel é sensível, tem um olhar bonito para o outro. No Dia das Mães, fez um rap pra mim de improviso. Fiquei passada. É profundo para um cara de 18 anos. A Luiza também é atriz e temos muita vontade de fazer algo juntas. Minha mãe tinha uma relação conflituosa com a minha avó e sofreu com isso. Quando ela morreu (de infarto), elas não se falavam. Minha avó sofreu barbaramente. Quando tive a Luiza, falava ‘a gente vai ser muito amiga, conta comigo para o que der e vier’. Conseguimos. Volta e meia saímos só nós duas para assistir a uma peça, jantar, conversar.. A primeira vez que peguei o Martin, meu neto (um anos e 10 meses) no colo quase morri do coração e ainda não me recuperei. Quando me chamar de vovó nem sei o que vai acontecer (fica com os olhos marejados).

Você fala pouco sobre seu primeiro marido, o pai da Luiza.
O Álvaro Osório trabalhava na linha de shows da Globo. Quando nos conhecemos, ele estava indo fazer um curso nos Estados Unidos e eu também queria estudar. Voltei grávida, com 24 anos. Ficamos juntos depois que a Luiza nasceu, mas logo nos separamos. Ele é um querido, um amigo até hoje. Um filho é uma conexão suprema. Tanto com o Álvaro, quanto com o Alê (Alexandre Borges, seu segundo marido) tenho amizades muito legais.

O que achou da divulgação do vídeo que mostrava Alexandre em encontro com travestis?
Achei uma extrema sacanagem. Ninguém tem nada a ver com a vida de ninguém. O Alê é generoso, incrível, fecho 100% com ele. Hoje em dia, se damos um passo para fora da linha, o trem passa em cima. Não dá para tomar um porre, dançar até cair, que alguém vai filmar ou tirar uma foto e por na internet. Isso não é vida.

Conversou com Miguel, filho de vocês, sobre isso?
Sim. Miguel foi supermaduro. Falei : “Seu pai é incrível, vive do trabalho dele, é um cara muito bacana. Foi uma cagada e cagadas acontecem”. o Alê foi quem mais sofreu. É triste a imprensa que se presta a esse papel enquanto o país está no ralo. Escândalo é criança morrer de fome, é o governo congelar gastos em educação por 20 anos. Isso deveria importar e não quem tá transando com quem, quem tá bebendo.

Um ano antes disso, vocês já tinham se separado. Como foi?
Toda separação é um processo, não teve um dia específico. Teve uma separação física, construída ao longo do tempo. É triste, mas é mais triste não estar feliz. Foi uma decisão madura dos dois. Foi uma história linda, que deu certo e sou grata. O amor é para a vida toda, mas se transforma e é lindo que seja assim. Que não seja a quebra do amor para o ódio.

Ainda pratica meditação transcendental?
A meditação é um presente da vida. Comecei na década de 80, quando vim para cá trabalhar, tinha um monte de amigos malucos. Gente da música, do teatro. Era tudo efervescente e eu precisava de um centro. Fui criada em São Paulo e no Rio me sentia solta, sem raiz.

Essa foi a época do desbunde, do ‘sexo, drogas e rock ‘n’ roll’. Você se jogou?
Eu me joguei. Tinha 21 anos, começo de carreira, e os meus amigos eram o Cazuza e o namorado dele, o Serginho Maciel, a Bebel Gilberto, uma galera. Era incrível. Noite, trabalho, vida, tudo ao mesmo tempo agora. Teve sexo, drogas e rock ‘n’ roll, mas nunca fui de perder o rumo, gostava de um fio de consciência e sempre fui responsável. Rapidamente meditei, engravidei e entrei na linha (risos).

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