O investidor Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, se pronunciou pela primeira vez na quarta-feira (23), após deixar a cadeia depois de 10 meses na prisão.
Ele é acusado de lavagem de dinheiro, operar instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta de instituição financeira, crime ambiental e pertencimento a organização criminosa. Patrick deixou a cadeia em 10 de agosto, após ter prisão revogada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).
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O marido de Perlla foi preso em outubro, assim como o pai do investidor, na na operação La Casa de Papel, que investiga "um esquema de pirâmide financeira transnacional em mais de 80 países".
"Achei que já estava no ápice acordar às 6h com Federal na minha casa, com busca e apreensão. Cooperei, os recebi na minha casa, mostrei tudo e dei meus aparelhos telefônicos, todos os eletrônicos, todas as senhas de corretora e tudo que era necessário. Quando foram embora, disseram que tinham um mandado de prisão... já dá pra vocês imaginarem tudo que passei no sistema carcerário por chegar como um bilionário e lesando tantas pessoas. Claro que o problema foi o dobro, porque estava meu pai ali comigo sem entender completamente o que estava acontecendo", iniciou Patrick.
O marido da ex-funkeira revelou que esperou duas semanas para se pronunciar após deixar a prisão porque o processo não está mais em sigilo e teve audiência pública.
Patrick negou ser sócio da empresa de criptomoedas investigada e ainda afirmou que as outras acusações ocorreram por ter sido diretamente associado à instituição.
"Precisei esperar dez meses para explicar isso tudo. Sofri muito lá dentro. Peguei 30 dias de isolamento... tenho muita confiança que vou ser absolvido, até porque não vejo nenhum tipo de erro e maldade. Sempre trabalhei com honestidade, por isso fiz questão de abrir minha vida para a Justiça. Serviu de aprendizado em algumas coisas. Estou com a consciência muito limpa porque sempre fui muito sincero em tudo que fiz", afirmou.
Vale lembrar que Patrick teve prisão substituída pelas seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo, proibição de deixar o país, sem autorização legal, proibição de manter contato com os demais réus e investigados (exceto no caso daqueles que são parentes) e proibição de mudança de residência ou de ausentar-se da comarca de sua residência.
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Redação iBahia
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