O chapéu de pescador, os olhos esbugalhados e o "jeitis" característico de falar voltaram à TV. Com alguns quilinhos e anos a menos, o cantor e ator Mumuzinho revive atualmente o inesquecível Mussum, eternizado por Antônio Carlos Bernardes Gomes no programa "Os Trapalhões". Na nova versão do programa, exibida aos domingos, na Globo, o jovem é Mussa, um sobrinho do comediante na história.
— Comecei a buscar a vida dele, o jeito de falar, os trejeitos. Fiquei quase dois meses sem dormir. O Mussum era sambista, assim como eu. Temos muito a ver um com o outro. Para mim, essa junção da minha vida com a dele foi um presente divino — afirma o artista de 33 anos.
Depois de experiências no cinema, em filmes como "Cidade de Deus" e "Tropa de elite", Mumuzinho passou a integrar o elenco do programa "Esquenta" e participou ainda de "Mister Brau". Com a música, no entanto, ele conquistou ainda mais espaço. Seu último clipe, “Oração’’, lançado em julho, soma mais de duas milhões de visualizações na internet.
— A música e a atuação se completam. Eu me espelho muito nos artistas americanos, que fazem bem os dois. Aqui no Brasil, admiro bastante Seu Jorge e Toni Garrido — elogia.
Para ele, aliás, a representatividade dos negros nas telas tem aumentado:
— Nego do Borel, Lázaro Ramos e Érico Brás, por exemplo, estão fazendo um trabalho maravilhoso. E há muitos outros além deles. Não podemos ficar naquela de "ah, caramba, está ruim". As oportunidades estão surgindo, estamos vendo mais negros fazendo coisas boas.
A atuação como Mussa já abriu novos caminhos e, segundo ele, rendeu convite para uma novela. Mas, pé no chão, Mumuzinho prefere se dedicar ao atual programa e a mais um projeto na área musical. Com dois álbuns de estúdio e um ao vivo, o sambista planeja lançar ainda este ano um DVD cheio de parcerias.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!