Na última semana, imagens da cantora Joelma com o rosto bastante inchado circularam nas redes sociais e deixaram os fãs preocupados. A artista fazia um show em Parauapebas, sudeste do Pará, quando vídeos mostraram uma Joelma bastante diferente do normal.
A assessoria da cantora rebateu informações de um possível procedimento estético e afirmou que o inchaço se tratava de uma sequela da Covid-19. Joelma foi contaminada com a doença três vezes, a última aconteceu no início deste ano.
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Para entender o que aconteceu com a cantora e quais as outras possíveis sequelas da Covid-19, o iBahia conversou com o infectologista Dr Adriano Silva de Oliveira.
"Os estudos com a síndrome pós-covid, também conhecida como 'covid longa', evidenciam que sensação de fadiga prolongada, dores pelo corpo e sensação de falta de ar são os sintomas mais frequentes. Podem acontecer também queda de cabelo, dor de cabeça, tontura, perda de concentração e memória entre outros sintomas", explicou o médico.
Segundo Dr Adriano não existe uma relação direta entre o inchaço e a Covid-19. "É um fenômeno não descrito nessa síndrome. Portanto, não há uma relação conhecida entre uma coisa e outra", disse.
Porém, o uso de remédios com corticoides, podem causar o inchaço. "A croticoterapia tem como efeito de curto prazo a retenção de líquidos no corpo, dando um efeito de edema sim. Mais demoradamente ela pode fazer uma realocação de gordura em algumas regiões. O rosto é uma delas. A pessoa fica com aquilo que chamamos de 'fácies cushingoide', explicou.
Como se trata de um novo vírus, que segue sendo estudado pela medicina, as sequelas devem ser tratadas com procedimentos específicos. "Cada um dos efeitos pós-covid tem uma abordagem diferente. Vale lembrar que esse é um fenômeno novo, e, portanto, uma situação que ainda merece muito estudo para encontrarmos possibilidades terapêuticas mais consistentes", afirmou Dr Adriano.
Apesar de Joelma ter sido contaminada três vezes pela doença, ainda não é certeza que a reinfecção possa potencializar as sequelas da Covid-19. "Dados de piora da síndrome pós-covid associado a reinfecções não são muito abundantes. Ainda não se tem uma resposta para essa questão de forma definitiva", finalizou.
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Lucas Mascarenhas
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