A nova vinheta da Globeleza, em que Érika Moura aparece vestida e representando outros carnavais também pegou Valéria Valenssa de surpresa. Primeira a ocupar o posto de musa do carnaval da Globo, em 1990, ela apareceu, por quinze anos, rebolando na tela da TV completamente nua, apenas com o corpo coberto por tinta e purpurina. A tradição seguiu até o ano passado, quando as substitutas de Valéria também sambaram com os corpos esculturais pintados. Procurada pela EXTRA, ela concorda que a mudança foi radical, mas aprova.
“Achei linda, mas na minha época jamais cogitaríamos mudar radicalmente a pintura. Pensávamos que, em time que está ganhando, não se mexe”. A mulher do designer Hans Donner, que hoje foge da folia, entende, no entanto, que os tempos mudaram:
"Sou de outra época, de quando o carnaval valorizava muito a beleza da mulher brasileira. A época do topless, do nu, de Luma de Oliveira, Monique Evans... E, aos pouquinhos, isso foi mudando. A plástica do carnaval em si, foi mudando, para mostrar, de fato, o que é a cultura do nosso carnaval. Se eles perceberam isso nessa vinheta, e se houve essa mudança tão radical, é que eles também estão buscando acompanhar essas mudanças. Os tempos são outros”.
Valéria releva ainda que ideia de mudar radicalmente a vinheta já havia sido cogitada em sua época.
“Quando eu deixei de fazer a Globleza, uma das sugestões do Hans (Donner, o marido, que na época criava as vinhetas) era que mudasse todo o visual da nova Globeleza para evitar comparações com a antiga. Depois de muito tempo, eu vejo que eles, finalmente, conseguiram fazer isso".A inesquecível Globeleza também descarta uma retorno ao carnaval carioca: “Já estou em outra há muito tempo. Esse é um período em que tiro férias, viajo e curto minha família, os meus filhos... Para tudo há um tempo na nossa vida”.
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Redação iBahia
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