Com a mimada Jéssica de “Haja coração”, Karen Junqueira provou que podia dar conta do recado e realizar o desejo de nove entre dez atrizes: interpretar uma vilã amada e odiada ao mesmo tempo. Escalada inicialmente para uma participação na novela das sete, a loura conquistou o público com suas vilanias para separar o ex-noivo Felipe (Marcos Pitombo) da empregada doméstica Shirlei (Sabrina Petraglia). Com o sucesso da personagem, a atriz foi convidada a permanecer até o fim da trama, que termina no fim do mês. Em um ensaio de moda para o Canal Extra, ela encarnou o estilo mulher fatal em looks pretos: a cor da maldade e da sensualidade.
— Não sou assim “mulherão”. Quem me conhece fala: “Ninguém imagina que a Jéssica possa ser assim tão extrovertida” (risos). Me acho muito moleca ainda. Considero meu estilo como básico. Se você olhar o meu armário, vai ver que sou meio monocromática. Tenho muitas peças pretas, bege... Sinto dificuldade de usar cores fortes, tipo fluorescentes. Acho lindo nos outros! — diz a atriz, de 33 anos, que criou no início do ano um brechó online chamado “Use fashion shop”: — Já estamos com 11 mil seguidores no Instagram. Sempre gostei de moda. Às vezes, as pessoas preenchem um vazio consumindo. Precisa existir, em algum lugar da gente, o consumo consciente. Apaixonada pela personagem detestável da história de Daniel Ortiz, Karen assegura que não existe similaridade entre a vida real e a ficção.
— Jéssica é rica e acredita ser melhor que todo mundo. Não a admiro em nada. Não somos parecidas. Fiquei muito feliz de carregar essa bandeira da preconceituosa, porque existem “Jéssicas”. Ela é uma pessoa sádica e obsessiva porque perdeu o noivo para uma empregada doméstica. Na verdade, é uma coitada. Teve um capítulo em que ela fez Shirlei subir 14 andares. Nunca fui tão xingada no Twitter. — afirma ela, que se diverte nas redes sociais com os fãs: — Eu retuíto tudo, morro de rir! E agora os internautas têm simpatia por mim. Escrevem: “Karen é vilã, mas é um amorzinho”. Aí eu vou lá e curto. Comento: “Hahaha, adorei!”. Recebi uma carta escrita a mão de um cara falando para eu procurar uma igreja evangélica. Eu adoro tudo isso. É uma repercussão do meu trabalho, então, está tudo certo.Foi aos 23 anos que a mineira de Caxambu conseguiu seu primeiro papel na TV, em “Malhação” (2006). No Rio desde os 17, ela trabalhou em shoppings até ter sua chance na dramaturgia.
— Era muito distante eu me tornar atriz. Não sabia por onde começar. Mas todo mundo me apoiava tanto. Hoje eu recebo mensagens das meninas que contracenaram comigo nessa época, que torceram por mim. Acredito na força do destino — explica a ela, que cultivou amizade com os colegas de elenco da época: — Até hoje eu mantenho contato com Ícaro Silva, Rômulo Arantes, Juliana Boller...Casada desde outubro de 2015 com o publicitário Rodrigo Medina, com quem está junto há três anos, a loura desmitifica o preconceito que envolve os relacionamentos com artistas.— Eu já entendi essa matemática de quem namora atores: é a pessoa, não a profissão. Rodrigo entende e ponto. Tenho amigos que falam: “Nunca namoraria uma atriz”. Morro de preguiça quando criticam porque tem cena de beijo — queixa-se Karen, explicando já ter passado por uma relação abusiva: — Já ouvi de um ex-namorado: “A gente terminou para você ficar se pegando com um cara na TV”. O meu relacionamento atual me fez entender que o lugar saudável é o do não problema. Eu já estive nesse local e não me interesso mais por ele. Depois, você olha para trás e percebe que estava errada. Porque limite é a gente quem dá.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade