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Vivendo personagem gay no cinema, Johnny Massaro afirma: 'Seria desonesto interpretar um, ser gay e esconder isso'

Em outubro do ano passado, ele falou abertamente sobre sua sexualidade e revelou seu namoro com o advogado e amigo de infância João Pedro Accioly

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Agência O Globo

09/07/2022 às 10:56 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:50 - há XX semanas
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					Vivendo personagem gay no cinema, Johnny Massaro afirma: 'Seria desonesto interpretar um, ser gay e esconder isso'

Além de viver um vilão na novela das seis "Além da ilusão", Johnny Massaro também pode ser visto atualmente nos cinemas no filme "Os primeiros soldados". No longa, já premiado em diversos festivais, o ator interpreta um estudante de biologia que descobre ser portador do vírus HIV após uma temporada vivendo no exterior no início da década de 80, quando a Aids se alastrava pelo mundo.

Para viver o personagem, Johnny Massaro leu livros e assistiu a filmes sobre o tema, como "Cazuza, o tempo não para". Mas o ator de 30 anos usou também sua própria experiência pessoal como laboratório. Em outubro do ano passado, ele falou abertamente sobre sua sexualidade e revelou seu namoro com o advogado e amigo de infância João Pedro Accioly.

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"O momento da estreia do filme, quando a gente foi para a Alemanha, coincidiu com o momento em que tornei pública a questão da sexualidade. Quando o filme estreou, a gente fez vários debates. Foi providencial. Eu não poderia falar sobre esse filme se eu não pudesse falar publicamente sobre a minha sexualidade. Seria incoerente e desonesto da minha parte interpretar um personagem gay, ser gay e esconder isso. Não faria sentido", disse Massaro ao "POPline".

Johnny Massaro revelou ainda que recebeu muito apoio de amigos e fãs ao falar sobre sua sexualidade. Segundo ele, porém, falar com a família sobre o tema exigiu mais cuidado e paciência:

"Era necessário eu ter essa paciência, porque infelizmente a gente vive em um mundo ainda muito preconceituoso. É uma felicidade quando a família abraça sua verdade no primeiro momento, mas é muito raro. Eu tive que praticar a paciência e pensar ‘poxa, deve ser difícil para o outro entender, trabalhar com as expectativas que tinha’. Mas foi um processo muito bonito. O filme participa dessa história. É muito potente, para mim, ter meu pai e minha mãe na plateia me vendo interpretando um personagem gay, sabendo que sou gay. Tenho a sensação que eles aprenderam com isso. Foi importante no processo deles esse filme".

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