Em agosto de 2021, iniciavam-se as gravações da nova versão de ‘Pantanal’, mais de 30 anos após a exibição da versão original, escrita por Benedito Ruy Barbosa. Desta vez, o texto ficou nas mãos de Bruno Luperi, neto de Benedito, que adaptou a obra icônica para os tempos atuais, trazendo uma nova roupagem para temas já abordados por seu avô, como a preservação do meio ambiente, o machismo e o preconceito.
Para além da trama, o público se sentiu ainda mais próximo dos personagens ao acompanhar os bastidores por meio das redes sociais do elenco, assistindo bem de perto as viagens ao Pantanal, as brincadeiras nos Estúdios Globo e os encontros fora do trabalho desta turma pantaneira.
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As gravações encerraram na última sexta-feira (30), e além do registro de mais uma novela que marca a história da teledramaturgia brasileira, o elenco, já saudoso, tem uma pá de lembranças que jamais sairá de sua memória. Reunimos aqui algumas delas em relatos emocionantes e fotos do casamento de José Leôncio (Marcos Palmeira) e Filó (Dira Paes), que marcam os momentos finais da novela.
Alanis Guillen (Juma)
“'Pantanal' está ainda modificando muito a minha vida a cada dia. É tanta coisa que se vive, tanta transformação, interna, externa, e eu sinto que ainda é cedo para digerir tudo isso. Sei que quando eu finalizar o trabalho vou ter tempo de elaborar e digerir. De cara, já posso dizer que foi um processo muito importante no campo de pesquisa como atriz. A Juma me permitiu desbravar o estudo de uma personagem, de uma história, de um jeito intenso e muito interessante. Essa experiência foi realmente muito engrandecedora”.
Bella Campos (Muda)
“Como eu não era nascida na primeira versão da novela, embora conhecesse, não tinha a dimensão do que essa obra representava no Brasil. O texto, a qualidade dos personagens, o fato de todos os personagens terem algo relevante a contar é um diferencial. E foi lindo ver a generosidade do público com a gente. Nós nos sentimos todos parte da mesma família, a família Leôncio. Eu percebo isso quando as pessoas vêm me falar da novela e eu acho que é por isso, porque é uma trama acolhedora. Eu vejo que as pessoas têm essa sensação de pertencimento à cozinha da Filó, às rodas de viola. Tivemos esse presente que foi poder conviver juntos no Pantanal e trazer isso para os Estúdios Globo”.
Camila Morgado (Irma)
“O que aconteceu em ‘Pantanal’, que é muito legal e muito raro é que equipe e elenco se dá muito bem, a gente se gosta, a gente quer estar junto, a gente se pertence, todo mundo se sente pertencido. Isso é raro, a gente conta nos dedos os trabalhos que ficam em um lugar muito especial. E Pantanal fica. Todo mundo é amigo, se gosta de verdade, isso é o que fica. No mais, dentro de mim fica o Pantanal, o lugar, o lugar que eu não tinha ideia de como era bonito, rico e que se a gente não mudar a nossa cabeça, pode não ter mais aquele lugar tão lindo como ele é”.
Dira Paes (Filó)
“O sentimento que carrego hoje é de agradecimento à essa equipe e elenco incrível que fez a novela. Essa parceria com o Marquinhos Palmeira, que é uma pessoa tão importante na minha vida profissional. Eu tenho muito a agradecer por ele estar no meu caminho, espero cruzar com ele muito mais vezes na minha vida. E entender que viver os momentos especiais não é o cotidiano das pessoas. É preciso valorizar quando isso acontece e eu estou vivendo intensamente esse momento. Eu me apaixonei pelo Pantanal, o local. E eu acho que sou meio pantaneira também. Eu tenho que admitir que eu sou uma mulher que poderia ter nascido no Pantanal. Eu acho que tenho uma cara pantaneira. Eu poderia muito bem dizer que sou de lá, então eu te diria que hoje eu sou Pantanal. Também, além de amazônica”.
Irandhir Santos (Joventino/ José Lucas de Nada)
“A primeira coisa que senti quando recebi o convite foi uma sensação forte, uma pressão de tocar em algo tão bem feito e tão bem guardado na nossa memória. Logo em seguida, surgiu a vontade de fazer algo novo em relação a uma história já muito bem contada, e a questão da homenagem. Criar em cima de algo que já rolou e não perder nunca de vista a homenagem foram meus dois guias para superar um pouco essa expectativa. Devido ao mergulho ter sido tão profundo e bonito, eu sempre tenho um pouco de dificuldade quando chega perto de concluir. Porque você gosta do que está fazendo, se diverte, tem prazer na história que está contando, e concluir isso, encerrar esse ciclo é sempre difícil para mim”.
Isabel Teixeira (Maria Bruaca)
“É um fim de ciclo, um aprendizado você fazer isso. Acho bonito a gente ter essas lições de partir. A MaryBru fica, mas eu sei que agora tem esse desapego, não tem choro nem vela. Eu tirei a roupa e acabou. Mas, ao contrário do teatro, não tem repetição. Vai fazer “puf” hoje, mas está registrado. E hoje tem uma plataforma que eu posso ver qualquer capítulo a qualquer hora. Então é um outro tipo de desapego”.
Jesuita Barbosa (Jove)
“Eu tinha uma ideia de que seria um projeto grande, com um resultado bom. E tinha muitas esperanças quando apareceu o convite. Eu acho que a gente já sente um pouco que vai ser um projeto bom, bem feito, com qualidade, organização para gravar. Eu acho que a pressão, diretamente, eu não senti. Eu senti que eu tinha de me organizar bem para fazer. A sensação é de que nós, do elenco e equipe, nos tornamos amigos, uma família. Acho que tem muito da casa do José Leôncio nesse sentimento, uma sede familiar. Isso aconteceu nos bastidores, tem uma família de pessoas que eu gosto e todo mundo sente a mesma coisa. De 'Pantanal' em mim fica muita ternura, atenção e cuidado com o outro”.
José Loreto (Tadeu)
“Essa novela foi um acerto, a obra certa, no momento certo, falar de natureza, desse Brasil profundo, dessa conexão cheia de histórias boas, um clássico... 'Pantanal' é um marco para mim, de cabo a rabo. Desde a primeira vez que Papinha (Rogério Gomes) me ligou até agora, o último dia de gravação. As emoções que eu tive enquanto personagem, as vivencias, eu esqueci um pouco do Zé. Foi maravilhoso”.
Juliano Cazarré (Alcides)
“Eu fiquei muito feliz quando soube que a novela ia ter uma nova versão e eu mesmo me ofereci para estar no elenco. Costumo ter mais esperança do que expectativa. Eu tinha esperança de que ia dar certo. E estou muito feliz agora, tendo percorrido essa estrada toda, de ver que deu certo, que a novela caiu no gosto do público, e que a gente conseguiu fazer um bom trabalho. Estou feliz de ter participado disso”.
Marcos Palmeira (José Leôncio)
“Eu acho que todo mundo tinha um pouco essa responsabilidade de fazer o melhor que podia. Tínhamos um texto maravilhoso nas mãos e liberdade da direção. E acho que essa novela é muito fruto dessa equipe, eu vejo esse sucesso muito bem dividido. A gente pode acreditar na dramaturgia de verdade, não ter medo de contar a história, de dar tempo a ela, sair um pouco desse universo digital. É uma novela analógica, se você pensar, o tempo, a história, a dinâmica de vai e volta. A gente tem de acreditar na dramaturgia. Um texto bom é muito difícil que não dê certo. Alguns sucessos me surpreendem mais, esse não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi a dimensão que tomou”.
'Pantanal’ é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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Redação iBahia
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