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Representatividade importa: relembre os casais LGBTQIAPN+ na teledramaturgia brasileira

O caminho foi árduo e até chegar ao local que se encontra hoje, mas desde a aparição é possível dizer que houve evolução na representação e uma ampliação no debate

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Redação iBahia

28/06/2022 às 9:06 • Atualizada em 29/08/2022 às 2:23 - há XX semanas
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					Representatividade importa: relembre os casais LGBTQIAPN+ na teledramaturgia brasileira
Foto: Reprodução/ Globo

Sentir que pertence a algo, dar voz a um movimento, se identificar. Ao longo dos anos, a comunidade LGBTQIAPN+ conquistou seu espaço em um dos produtos de maior impacto cultural e influência na sociedade brasileira em horário nobre, a telenovela.

O caminho foi árduo e até chegar ao local que se encontra hoje, que ainda não é o ideal, não foi fácil. A sigla ainda é vista com preconceito e sua representação na mídia segue sendo motivo de polêmica e censura, mas desde a aparição do primeiro personagem LGBTQIAPN+ na teledramaturgia até o que é visto hoje, é possível dizer que houve evolução na representação e uma ampliação no debate.

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Estudos feitos por Fernanda Nascimento da Silva (2015), Leandro Colling (2007) e Luís Eduardo Neves Peret (2005), na área da comunicação social associada a teledramaturgia e a comunidade LGBTQIAPN+, se debruçam sobre o tema e trazem dados importantes sobre a representação da sigla nas novelas brasileiras.

Os primeiros registros de personagens LGBTQIAPN+ em telenovelas são da década de 70, sendo a primeira figura Rodolfo Augusto (Ary Fontoura), da trama ‘Assim na Terra como no Céu’, produzida pela Rede Globo e exibida em 1970/1971. Personagem secundário, Rodolfo Augusto era um costureiro com participação ativa nos desfiles de Carnaval da trama, por onde acontecia a interação dele com o núcleo principal. Augusto acaba sendo assassinado pelo filho da sua melhor amiga, Ricardinho, interpretado por Carlos Veneza.


				
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Foto: Reprodução/ Globo

Quatro anos depois, na novela 'O Rebu', Conrad Mahler surge como um marco para a representatividade LGBTQIAPN+ na teledramaturgia. Interpretado por Ziembonski, o personagem foi o primeiro a ter sua orientação sexual explorada na trama, no entanto, teve a imagem estereotipada.


				
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Foto: Reprodução/ Globo

Já o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo foi transmitido em 1985 na novela ‘Um Sonho A Mais’. A cena foi protagonizada por Ney Latorraca e Carlos Kroeber, porém, devido à rejeição e censura, o folhetim precisou reduzir a aparição de alguns personagens. Na trama, Ney interpretava cinco personagens, um deles uma mulher.


				
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Foto: Reprodução/ Globo

A partir da década de 90, a teledramaturgia passa a ter mais personagens LGBTQIAPN+, porém, dentro da caixa do estereótipo e com representações censuradas, como o casal vivido por André Gonçalves e Lui Mendes, Sandro e Jefferson respectivamente, em A Próxima Vítima (1995) trama de Silvio de Abreu. Por causa do seu personagem na novela, André Gonçalves chegou a relatar em entrevistas que foi perseguido e espancado nas ruas. Apesar de uma clara rejeição do público, o casal teve um final feliz na novela.


				
					Representatividade importa: relembre os casais LGBTQIAPN+ na teledramaturgia brasileira
Foto: Reprodução/ Globo

Entre 2000 e 2022, mais de 60 personagens LGBTs surgem nas telenovelas da Rede Globo. Entre eles dois casais lésbicos, Clara e Rafaela vividas por Aline Moraes e Paula Picarelli na novela 'Mulheres Apaixonadas' (2002), de Manoel Carlos, e Leonora e Jenifer, interpretadas respectivamente por Mylla Christie e Bárbara Borges em 'Senhora do Destino' (2003) de Aguinaldo Silva.

O público tem contato também com a primeira representação de uma personagem bissexual com Cláudia Abreu vivendo a vilã Laura, que teve um caso com Dora Lima, interpretada por Renata Sorrah.


				
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Foto: Reprodução/ Globo

Em 2005, o público se frustra ao não ter acesso ao final feliz de Júnior (Bruno Gagliasso) com Zeca (Erom Cordeiro) em 'América' de Glória Perez. O casal chega a terminar a trama junto, no entanto, o beijo entre os personagens foi cortado da edição final da novela.

De acordo com Silva (2015), mais da metade do número é apresentado para o público como gay camp, isto é, ficaram marcados para os telespectadores pelos traços exagerados. No entanto, o período compreende também o momento em que os enredos começam a se aprofundar, tendo a adoção como um dos temas mais trabalhados pelos autores ao longo dos anos, assim como a transsexualidade. A nova década também marca a primeira cena de sexo gay, exibida e 2016.

Para marcar o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, o iBahia trouxe uma lista com alguns dos casais e personagens de destaque da teledramaturgia das últimas décadas. Confira:

Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picareli) - Mulheres Apaixonadas (2002)


				
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Foto: Reprodução/ Globo

Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) - Amor à Vida


				
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Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) - América


				
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Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) - Em Família


				
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Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) - Babilônia


				
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André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira) - Liberdade, Liberdade


				
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Ivan (Carol Duarte) e Claudio (Gabriel Strauffer) - A Força do Querer


				
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Britney (Glamour Garcia) e Abel (Pedro Carvalho) - A Dona do Pedaço


				
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Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller) - Orgulho e Paixão


				
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Camila (Anaju Dorigon) e Valéria (Bia Arantes) - Órfãos da Terra


				
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Lica (Manoela Aliperti) e Samantha (Giovanna Grigio) - Malhação Viva a Diferença


				
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Leonora (Mylla Christie) e Jenifer (Bárbara Borges) - Senhora do Destino


				
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