O audiovisual brasileiro passa por um período nostálgico, onde se apostam em remakes, continuações e muito saudosismo para fisgar a audiência fissurada por novelas.
Em 2022, a TV Globo saiu na frente ao produzir remakes de "Pantanal", exibida pela Rede Manchete em 1990, e mais recentemente de "Renascer" - novela que teve sua primeira versão exibida em 1993 - e está com o remake no ar na faixa das 21h da Globo.
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O serviço de streaming Max, antigo HBO Max, também seguiu o fluxo e produziu o remake de "Dona Beija", sucesso de 1986 na Rede Manchete, que agora terá Grazi Massafera como protagonista e lançamento completo no streaming.
Fundada em 5 de junho de 1983, há exatos 41 anos, a Rede Manchete prova que teve produções à frente do tempo e segue sendo tendência para as tramas atuais, mesmo estando há 24 anos extinta.
Pensando nisso, o iBahia separou três novelas que ainda não ganharam remakes, mas poderiam virar novas obras, seja para a TV aberta ou para o streaming.
Confira:
Kananga do Japão (1989)
Feita pela Rede Manchete entre 1989 e 1990, "Kananga do Japão" é um novela criada por Wilson Aguiar Filho, primo da também autora Gloria Perez. Foi ele quem escreveu "Dona Beija", a primeira novela de êxito da Manchete.
A história se passa na década de 1930 e gira em torno da famosa casa noturna Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, no Rio de Janeiro.
Sucesso de audiência, a trama contou com nomes como Christiane Torloni, Raul Gazolla, Júlia Lemmertz, Ana Beatriz Nogueira e Tarcísio Filho no elenco.
A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990)
Conhecida pela ambição de mostrar o Brasil após o sucesso de "Pantanal", "A História de Ana Raio e Zé Trovão" custou caro aos cofres da Manchete, foram gastos cerca de 8 milhões de dólares com a produção.
A trama acompanha a peoa Ana Raio, que percorre o país com o desejo de reencontrar a filha que lhe foi roubada. Em meio a isso, ela vive uma história de amor com o peão Zé Trovão.
A novela também ficou conhecida por conta das participações especiais ao longo de seus 251 capítulos. Nomes como Sula Miranda, Beto Carrero, Chitãozinho & Xororó, Irene Ravache, Sandy & Junior e Sérgio Reis estiveram na trama.
"A História de Ana Raio e Zé Trovão" foi protagonizada pela baiana Ingra Lyberato e por Almir Sater.
Xica da Silva (1996)
Um dos últimos sucessos da Manchete foi a polêmica novela "Xica da Silva", que deu o que falar entre 1996 e 1997 por conta do abuso de cenas de violência, sexo e nudez.
O elenco da trama era cheio de estrelas, como Taís Araújo, Victor Wagner, Drica Moraes, Carla Cabral, Murilo Rosa, Adriane Galisteu e Zezé Motta nos papéis principais.
Xica foi a primeira trama protagonizada por Taís Araújo, que entrou aos 17 anos e foi proibida de aparecer nua ou fazer cenas de sexo até completar os 18 anos.
A história retratou a vida de Chica da Silva, com algumas partes fictícias, além de mostrar um cruel Brasil Colônia que não tinha pena dos escravos.
"Xica da Silva" foi escrita por Walcyr Carrasco, sob o pseudônimo de Adamo Angel, já que ele estava contratado pelo SBT. Adriane Galisteu reclamou diversas vezes do excesso de nudez da sua personagem e revelou ter ficado traumatizada com a trama.
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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