O bicentenário da Independência do Brasil na Bahia é tema do Globo Repórter desta semana. Durante a edição, que vai ao ar nesta sexta-feira (30), às vésperas da comemoração, a repórter Camila Marinho percorre lugares como Itaparica, Cachoeira e Santo Amaro, que foram palco das batalhas pela libertação, e revê capítulos da história do país.
“Vai ser uma oportunidade de o Brasil conhecer mais sobre a verdadeira luta pela independência que trouxe a tão sonhada liberdade. E uma história contada pelo povo baiano. Gente como Felipe Brito, natural de Itaparica e autodidata, que depois de muita pesquisa conseguiu comprovar a existência de uma das heroínas desta luta, a marisqueira Maria Felipa”, conta a jornalista.
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A primeira parada é na paradisíaca ilha de Itaparica, cenário de umas batalhas mais sangrentas pela independência. “Estamos no palco onde aconteceu o confronto bélico mais importante em todo o território nacional. O resultado dessa batalha acabou sendo publicado nos jornais do Rio de janeiro, Londres, Portugal, e até mesmo na Holanda, como um grande vexame para militares portugueses, oficiais de Marinha, que perderam para uma população de uma ilha no recôncavo baiano”, pontua Felipe Brito, que se debruça em pesquisas para mudar a história contada nas escolas.
“Os portugueses não contavam de encontrar um população resignada em defender o seu território, distribuídos nessas trincheiras. Os itaparicanos protagonizaram um episódio fantástico de defesa, primeiro, do seu território, do lugar onde estavam enterrados os seus mortos, e também, por consequência, da Bahia e do Brasil”.
Em seguida, a repórter segue para Cachoeira, cidade que organizou a resistência, antes do Grito do Ipiranga, e onde, no dia 25 de junho de 1822, aconteceu a batalha entre portugueses e baianos, que marca o começo da guerra. Com a fundação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e por conta do cenário histórico, o município se tornou um polo universitário, e hoje já concentra 11 cursos de graduação, cinco mestrados, além da previsão da abertura de doutorados.
O programa mostra ainda como a população quilombola contribui para a preservação do meio ambiente na região, principalmente, pela forma respeitosa como utiliza aquele espaço.
Em Santo Amaro da Purificação, o programa conta sobre a festa Bembé do Mercado, tradicional reunião dos terreiros da cidade, que acontece ao ar livre, que inclui oferendas para Iemanjá e Oxum.
“A gente celebra ter sobrevivido à libertação, quando o escravo foi ‘liberto’ e jogado para os leões. Como é que o escravo é libertado e não tem o que comer, o que vestir, o que beber? Não tem uma terra para plantar...Ele foi solto para ser morto”, defende o babalorixá Pai Gilson.
As histórias da Santo Amaro, berço do samba de roda e da família Veloso, também são revisitadas pelo programa, que passa ainda pela Casa de Dona Canô e acompanha a festa de 2 de julho na cidade, a grande comemoração pela expulsão dos último colonizadores portugueses do país.
Redação iBahia
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