O diretor de Recursos Humanos da TV Record, Márcio Santos, foi afastado de suas funções na emissora e na Igreja Universal do Reino de Deus após uma denúncia de assédio. Ele foi acusado de assédio sexual dentro da empresa pelo jornalista Elian Matte.
Segundo informações do site Notícias da TV, o diretor foi visto pela última vez na Record na semana passada. Por sua vez, a Igreja Universal afirmou ao colunista Gabriel Vaquer, do F5, que a instituição não permite a presença de voluntários ou funcionários investigados pela polícia.
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"O vínculo do senhor Márcio com a Universal era simplesmente de voluntário. Não tendo a Universal, assim, controle da vida privada de qualquer um dos milhares de voluntários que tem. Desde que soube do ocorrido, a Igreja o afastou da missão de voluntário, até que as investigações sejam concluídas", informou a instituição religiosa, em nota.
Márcio Santos continuará empregado por mais um ano, a depender do caminhar das investigações policiais e da decisão da Record sobre a manutenção do vínculo empregatício do diretor. Márcio começou a trabalhar na empresa como office-boy, até ocupar o cargo de diretor.
Ainda segundo informações do Notícias da TV, o jornalista Elian Matte registrou boletim de ocorrência sobre o caso. No documento, ele relatou os abusos.
"[Ele fazia] pedidos insistentes para sair e, apesar das minhas negativas, continuou com conversas onde pergunta o tamanho do meu órgão genital, onde diz que tem ciúme doentio por mim e que precisa de ajuda médica".
Matte reuniu provas durante um ano através de mensagens do WhatsApp. O jornalista disse ainda que era monitorado por Márcio por meio de câmeras do sistema de segurança da Record, além de recorrentemente receber presentes e ser constantemente chamado para sair.
Saúde mental
Elian relatou também, segundo o site, que precisou passar por exames médicos com uma especialista oferecido pela empresa, que o diagnosticou com Síndrome de Burnout e crises de pânico.
O jornalista recebeu o laudo e foi afastado pela condição, mas detalhou que alguém da Record instruiu a médica a alterar o atestado, pois "não era permitido o diagnóstico de Burnout na emissora".
O afastamento do diretor é a mesma manobra utilizada pela Record em 2019, quando o jornalista Gerson de Souza também foi acusado de assédio por 12 colegas de redação. Gerson foi demitido em 2020 e condenado a dois anos e meio de prisão pelo crime de importunação sexual em abril de 2023. O diretor ainda não se pronunciou sobre o caso. Com informações do site Notícias da TV.
Iamany Santos
Iamany Santos
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