Sul da Bahia é destaque do "Globo Repórter" nesta sexta-feira (19). Durante a edição, a repórter Camila Marinho mergulha nas histórias da Bahia e percorre os primeiros caminhos que os portugueses fizeram ao chegar no solo brasileiro, além do encontro histórico com os povos nativos do local.
“Foram mais de 15 dias desbravando o extremo-sul da Bahia e passando por cenários paradisíacos numa aventura histórica. Poder refazer alguns dos principais momentos da chegada dos portugueses e contar as histórias dos povos originários é uma forma de homenagear quem sempre esteve por aqui.” relata Camila Marinho.
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Mais de 500 anos depois do primeiro contato entre portugueses e nativos brasileiros, a região é procurada por turistas de todo o mundo. A região chama atenção não só pelas belezas naturais como cultura, saberes, rituais e tradições de povos originários.
“Há muitos brasileiros e estrangeiros que estão redescobrindo essa região de belezas, riquezas e raízes documentadas. Vamos contar histórias lindas de quem ama, cuida e ajuda a preservar este paraíso na terra. Tenho certeza de que muita gente vai se emocionar”, afirma a repórter.
Desbravando a ‘Costa do Descobrimento’
A aventura inicia em Porto Seguro, no Memorial da Epopeia do Descobrimento, para contar como foi a chegada dos portugueses. A repórter vai até a praia da Barra do Cahy, no município de Prado, que é o primeiro local onde desembarcaram em 1500 e revela os segredos desse encontro com a população nativa.
O Parque Nacional do Pau-Brasil também será destino da repórter. O parque é o único local onde ainda é possível ver as árvores que originaram o nome do país preservadas. Camila Marinho vai mostrar como foi o processo exportação de madeiras e primeira exploração comercial em solo brasileiro.
Resgatando os rituais e tradições dos povos originários, em uma aldeia Pataxó, a repórter conhece um casal formado por uma carioca, neta de indígena, que saiu da cidade grande para viver em contato com a natureza.
Monica Bello mudou seu modo de vida, se casou com um Pataxó e formou uma família com quatro filhos. “A visão das pessoas da cidade é que o indígena é pobre porque não tem dinheiro, não acumula, vive na base da sustentabilidade. Isso para mim é riqueza. A sustentabilidade é a chance de podermos viver e dar continuidade à vida”, afirma a carioca.
'Globo Repórter aborda histórias de quem ama o sul da Bahia
Uma das moradoras mais antigas de Caraíva, a gaúcha e artesã, Duca, compartilha histórias e memórias da terra que escolheu para viver. Em 1970, ainda pequena, chegou a vila de pescadores e com um tempo se tornou uma figura histórica da região.
Duca tem sua arte espalhada por toda a parte e a obra dela foi declarada Patrimônio Imaterial e Cultural de Porto Seguro. Ao programa, ela conta que sente saudades da vila do passado. “O público mudou muito. Esse verão encheu de gente e teve muito lixo jogado na rua”, destacou.
Com a sede de viver e fazer a diferença em Caraíva, Dona Duca impressiona aqueles que a conhecem. Para ajudar a manter a vila mais limpa, a artesã recolhe copos, geladeiras, papelões, e cds velhos deixados nas ruas, e os transforma em arte.
“Todo mundo que já esteve em Caraíva ou ouviu falar, conhece a arte da Duca. Ela é uma mulher que se apaixonou pela Bahia e ajuda a contar a história desse lugar tão mágico e encantador. E o seu estilo de vida é ainda mais impressionante. Pratica yoga todos os dias e é frequentadora assídua dos forrós de Caraíva. No período em que estivemos lá, ela estava na reta final do tratamento de um câncer e ansiosa para poder voltar ao forró. Dona Duca é sinônimo de vida” , conta Camila Marinho.
O Globo Repórter vai ao ar logo após a novela ‘Renascer’ nesta sexta-feira (19). A reportagem é uma coprodução com a TV Bahia, afiliada da TV Globo na região, conduzida pela repórter Camila Marinho. Veja o vídeo abaixo:
*sob supervisão do repórter Lucas Sales.
Isadora Gomes
Isadora Gomes
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