Nélio Gomes Júnior, médico de Cid Moreira, relatou os últimos dias ao lado apresentador, que morreu nesta quinta-feira (3), em Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, onde morava. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, vinha tratando uma pneumonia e morreu de falência múltipla de órgãos. Ele era casado com Fátima Sampaio.
"Fico contente por ter participado desses últimos 29 dias da vida dele e ter vivenciado um ambiente de carinho enorme entre ele e a Fátima. Parabéns, Fátima pela resiliência e presença, você foi extremamente importante nos últimos dias. É o que a gente faz quando a gente ama", disse em entrevista ao "Encontro", com Patrícia Poeta, nesta quinta-feira (3).
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Nélio também comentou sobre o prazer de ter podido acompanhar os últimos dias ao lado do jornalista e revelou que, em alguns momentos, chegou a acreditar que Cid Moreira voltaria para casa. "Pude conviver com ele nesses 29 dias, tivemos momentos de esperança, ele queria voltar para casa. Dizia: "Vamos, menino, brincar de casinha por mais um dia", disse.
Saúde fragilizada de Cid Moreira
Ainda no programa, Nélio comentou sobre a saúde de Cid Moreira nos últimos tempos, afirmando que o jornalista apresentava um quadro de infecção e enfrentava dificuldades para se locomover.
"Ele já tinha um quadro de insuficiência renal crônica, fazia diálise. Apresentou um quadro de infecção por conta provavelmente deste quadro diálise prolongada. Já vinha apresentando dificuldade para andar, certa atrofia muscular", explicou.
"Um paciente de 97 anos, com histórico de trombose venosa, há três anos fazendo diálise. Infecções de repetição, várias sessões de antibióticos e atrofia muscular importante, desgaste natural do organismo", complementou.
Cid Moreira estava afastado dos filhos após acusação de maus-tratos
Cid Moreira, primeiro âncora do Jornal Nacional, morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (3). O jornalista, apresentador e locutor enfrentava um problema renal crônico e estava internado para tratar uma pneumonia, quando sofreu falência múltipla de órgãos e não resistiu. Ele deixa a viúva, Fátima Sampaio, e dois filhos, Roger e Rodrigo Moreira, com quem teve uma ruptura na relação há alguns anos.
O rompimento de Cid com os filhos ocorreu após Roger e Rodrigo entrarem com uma ação judicial em 2021 para interditar o pai. Eles acusaram Fátima de maus-tratos contra o jornalista e afirmaram que não podiam se aproximar dele porque ela supostamente não permitia.
O jornalista e sua esposa sempre negaram essas alegações. Em uma entrevista recente, Cid chegou a afirmar que não estava interessado em se reconciliar com os filhos. "Fui jogado no lixo por causa de dinheiro. E foi a segunda vez que eles tentaram. A primeira, eles fizeram uma ondinha e tal, mas na segunda, como a internet cresceu, pegou fogo. Mas foi tudo sem prova e o pessoal, por audiência, foi abrindo as portas", declarou ele à revista Quem em 2022.
Na ocasião, Cid enfatizou que sempre cumpriu com seus compromissos. "Eu trabalho muito até hoje. Nunca fui processado por deixar de pagar alguma coisa na minha vida inteira, para ficarem falando bobagens por aí. Eles queriam me interditar e cuidar de mim. Quem cuida de mim é a Fátima e muito bem, como vocês estão vendo. Foi um preço alto que paguei pela fama. Mas o Roger agiu mal desde a primeira vez que tentou me desonrar", disse o apresentador.
Rodrigo é filho biológico do jornalista, enquanto Roger foi adotado por Cid e sua primeira esposa, Ulhiana Naumtchyk, sendo também sobrinho dela. "Os pais dele ainda estão vivos. Então, ele era um garoto inteligente, mexia em som. Quando comecei a gravar a Bíblia foi com ele, mas sou um cara exigente e quando não gosto de uma gravação, eu repito mil vezes, se for necessário. Eu queria gravar e o cara ficava de má vontade. Agradeci e dispensei. Não quer trabalhar aqui, vai trabalhar com a ex no salão de beleza dela", contou ele a Quem.
"Influenciado por ela, acabei adotando ele por gratidão, porque ele estava trabalhando comigo. Sei lá porque fiz isso. Foi a maior besteira que eu fiz na minha vida. Esse cara vai para mídia falar que eu estava mal-alimentado. É um absurdo total, porque nem na minha época de infância que meu pai era pobre, nós passamos fome. Muita gente acreditou nisso e entrei em um pesadelo. Mas a verdade é uma só. Entraram na justiça e perderam", falou o jornalista.
Cid Moreira queria ser enterrado ao lado da 1ª mulher, filha e neto
Cid Moreira, que morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (2), expressou o desejo de ser enterrado em Taubaté, São Paulo, ao lado da primeira mulher, filha e neto. A informação foi compartilhada por Fátima Sampaio, sua segunda esposa, em entrevista a Patricia Poeta no programa "Encontro", da TV Globo.
"Ele quer ser entrerrado em Taubaté, perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi", disse Fátima. "Pensei ele ama Petrópolis, e então fazer uma despedida em Petrópolis antes. Fazer uma despedida no Rio. E depois ir lá para terra natal", completou.
Cid Moreira nasceu em Taubaté, em 27 de setembro de 1927. Ele ocupou a bancada do Jornal Nacional por 26 anos, desde o dia da estreia do telejornal, em setembro de 1969.
Cid Moreira, lenda do jornalismo brasileiro, tinha 97 anos
O jornalista Cid Moreira morreu na manhã desta quinta-feira (3), aos 97 anos. A informação foi confirmada com exclusividade pela apresentadora Patrícia Poeta, ao vivo, no programa "Encontro".
Conhecido como o primeiro apresentador do "Jornal Nacional", principal telejornal da TV brasileira, Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em tratamento contra pneumonia.
"Agora há pouco nós perdemos um colega muito querido, um dos maiores nomes do nosso telejornalismo brasileiro, dono de uma voz inconfundível. Nosso querido Cid Moreira acabou de nos deixar aos 97 anos [...] Eu acabei de receber essa notícia da Fátima, mulher do Cid, que ainda está no hospital onde ele estava internado há algumas semanas", explicou a apresentadora ao vivo.
Carreira de Cid Moreira
O jornalista Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba e completou 97 anos na última sexta-feira (27). Ele foi o primeiro apresentador do "Jornal Nacional" e, segundo o Memórias Globo, esteve à frente do produto cerca de 8 mil vezes.
O jornalista iniciou a carreira no rádio, fazendo locução na Rádio Difusora de Taubaté, em 1944. Cinco anos depois, Cid se mudou para São Paulo e trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
Em 1951 o profissional foi para o Rio de Janeiro e teve as primeiras experiências na televisão. A estreia no "JN" aconteceu em 1969, onde permaneceu até 1996.
Cid também ficou conhecido pelas narrações da bíblia cristã, que foram vendidas em CDs e alcançaram 33 milhões de cópias vendidas em todo o Brasil.
Naiana Ribeiro
Naiana Ribeiro
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