A jornalista Susana Naspolini, estrela da programação da Globo no Rio de Janeiro, tinha planos para o futuro em meio ao tratamento do câncer que tirou a vida da repórter na última terça-feira (25), após dois anos de batalha contra a doença.
Em entrevista ao site da revista Quem, Naspolini revelou que planejava uma viagem ao lado da filha, Júlia, de 16 anos, para celebrar a chegada dos 50 anos.
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“Estou com muita saudade de viajar com a Júlia. A gente não viaja há muito tempo. Penso em viajar para algum lugar só nós duas. Mas não sei se vou estar fazendo químio ainda em dezembro ou não”, contou.
A viagem marcaria também um momento único de mãe e filha, que após dois anos confinadas devido à pandemia da Covid-19, estariam nas ruas novamente.
“Mas, se eu estiver em uma semana boa, que eu estiver me sentindo bem, sem químio, sei lá, podíamos fazer uma viagem de uma semaninha, nada exorbitante. Seria muito bom, acho que seria o melhor presente”, disse.
Relação com a filha
Júlia foi a pessoa que recebeu e repassou a informação da morte da mãe. Aos 16 anos, a adolescente já havia comovido a internet com um apelo nas redes sociais pela saúde da jornalista.
Filha única de Susana, fruto do casamento com o apresentador esportivo Maurício Torres, a adolescente também perdeu o pai, que morreu em 2014 em decorrência de problemas no coração e pulmão.
Na entrevista para a Quem, a repórter afirmou que percebia a filha mais afetada pelo seu estado de saúde atualmente.
“Quando eu estava com 37 anos e apareceu o meu primeiro câncer de mama, ela tinha quatro. Falei que era câncer, que ia fazer uma mastectomia, que ia tirar a mama toda, mas que ia ficar tudo bem. Só que hoje em dia ela sofre muito mais, porque agora ela tem 16 anos e entende o que é câncer”, disse.
Segundo a jornalista, a adolescente transparecia mais a preocupação e participava mais ativamente dos cuidados com ela.
"Com quatro, se eu dissesse para ela que eu estava com bicho-de-pé era a mesma coisa. Ela não tinha noção. Hoje noto que ela continua participando integralmente, me ajuda muito, só que também vejo que ela sofre muito mais, que ela entende o que é a doença. Está sendo mais difícil para ela dessa vez".
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Redação iBahia
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