O "Jornal Nacional" veiculou, na última segunda-feira, um vídeo da transexual Dany de Andrade pedindo o fim do preconceito. O recado, exposto no quadro "O Brasil que eu quero", saiu no mesmo dia em que o telejornal anunciou que a Organização Mundial de Saúde excluiu o termo "transexualidade" de seu dicionário de doenças mentais . Mas a moradora de Paulo de Faria (SP) não é tão anônima assim. Trata-se de uma cover de Joelma e ex-candidata de concursos de miss do interior paulista.
— Eu já fiz de tudo um pouco: fui assistente de banco, trabalhei em comércio. Depois que virei transexual, virei Joelma Cover e as coisas mudaram muito. Estou há nove anos representando e fazendo shows. Nunca desisti — conta ela, que também já tentou ser selecionada para entrar no "Big Brother Brasil": — Hoje é o meu principal sonho e prioridade.
O vídeo de Danielly Rodrigues Andrade foi parar em fóruns de discussão sobre a comunidade LGBT e ganhou até o elogio do âncora do "Jornal Nacional", William Bonner:
— Por onde eu passei e por onde eu passo, eu sempre levanto esta bandeira. Então, assim que divulgaram "O Brasil que eu quero para o futuro", não pensei duas vezes em defender a minha classe. Só a gente que é transexual sabe o que sofre. É muito preconceito. A gente quer mais carinho, mais amor e mais respeito. Somos todos iguais. O elogio do Bonner só me motiva a continuar, a defender e lutar pelos nossos direitos.
Recentemente, Dany teve outro motivo para comemorar: ela conseguiu mudar sua identificação civil e é, por direito, uma pessoa do sexo feminino:
— Só tenho que agradecer a Deus e à justiça da minha cidade. Passei por psicólogo, psiquiatra, tive os laudos e o parecer do juiz favoráveis. Há 20 dias, estou com minha certidão de Danielly Rodrigues Andrade.
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Redação iBahia
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