A democracia pode ser um guarda-chuva amplo, que trata de questões de importância para todos nós, mas também pode ser vivenciada dentro de casa, em uma conversa com amigos, ou em uma reunião de condomínio. E, quanto mais experimentamos isso, mas entendemos o valor que ela tem.
Esse é o assunto da segunda reportagem da série “Pra que serve a política?”, do telejornal BATV, da TV Bahia, que foi ao ar nesta terça-feira (20). Feito pelo repórter Eduardo Oliveira, com produção de Giulia Marquezini, o especial apresenta ainda nesta semana mais três reportagens.
Leia também:
Os condomínios são usados como exemplo porque lá a gente pode ver o que dá certo e o que dá errado, o que pode melhorar. No entanto, diferente desses locais, onde a decisão é tomada na hora, pelo voto da maioria, o modelo de democracia em que vivemos é o da democracia representativa. Ou seja, nós escolhemos pessoas que nos representam no cenário político.
O problema é que muitas vezes perdemos a proximidade com aqueles que elegemos, como conta a apresentadora e comentarista política, Julia Dualibi. "Essa pessoa não deveria ser distante de nós. Ela deveria lembrar sempre porque que ela está lá, a razão pela qual ela está lá".
Mas votar e ser votado é uma conquista que pode ser considerada recente no país. Depois do Golpe Militar de 1964, foram duas décadas sem eleições diretas até que finalmente a gente pudesse votar novamente. É como se, por ser relativamente nova, a nossa democracia precisasse ainda de muitos cuidados.
“É preciso sempre lembrar o que acontecia até recentemente e principalmente para os mais jovens, que, se por um lado é positivo eles não terem vivido esses períodos autoritários, é sempre importante a gente estar lembrando para eles o que foi esses períodos e o período mais recente que foi a Ditadura Militar”, conta Julia Dualibi.
E os cientistas políticos alertam. “A democracia é um regime que se abre também aos seus adversários, e ela pode ser minada por dentro. Por isso, é muito importante que sociedade civil e sociedade política estejam ambas muito atentas à necessidade dessa preservação”, explica Paulo Dantas.
“Isso depende da participação das pessoas, da gente debater mais política. Sobretudo, com tolerância, respeitando a ideia dos outros, a ideia do próximo. Democracia é sinônimo de tolerância”, conclui o também cientista político Cláudio André.
Leia mais sobre Eleições 2022 no ibahia.com e siga o portal no Google Notícias
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!