Marcelo Millet (PCO) foi o último entrevistado da série do g1 Bahia com os candidatos ao governo da Bahia. O postulante foi sabatinado na manhã deste sábado (27) durante 1h30 por quatro jornalistas da Rede Bahia: Fernando Sodake (apresentador da TV Bahia), Valma Silva (editora do g1 Bahia), Danutta Rodrigues (coordenadora de conteúdo do núcleo iBahia-rádios) e Emmerson José (editor-chefe da central de radiojornalismo).
Na sabatina, o postulante do PCO falou sobre temas relacionados à educação, segurança pública, saúde, modelos de governo, política internacional, entre outros temas.
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Confira os principais pontos da sabatina:
Por que ser eleito governador?
"Deixar o agradecimento pelo Partido da Causa Operária ter nos convocado para representar o partido aqui na Bahia. Então nós participamos, diante a escolha do partido. Como nós sempre temos dito em várias eleições, não é um programa do candidato, não é o programa de Marcelo, mas sim um programa nacional do Partido da Causa Operária. Então a eleição para a gente é uma tribuna onde podemos expor o programa do partido. [...] A nossa visibilidade fica um pouco difícil de chegar até o telespectador, já que não temos espaço na mídia, não temos horário eleitoral"
Fake news sobre urnas eletrônicas
"O que seria fake news? Seria impedir a liberdade de expressão? Se estamos em uma democracia, temos o direito de questionar. Não que a urna, o aparelho, não seja seguro. Mas quem manipula? Nós entendemos que todos os cidadãos deveriam ter acesso aos dados da urna [...] Somos a favor do progresso, não achamos que tem que votar no papel. Mas porque tirar o povo da festa da democracia? Levantamos esse questionamento, mas no nosso entendimento não é fake news. Não estamos acusando, só queremos que a população esteja inclusa, que esteja consciente do voto dela"
Proposta para educação
"Nós temos o programa para educação, aonde nós entendemos que educação é prioridade, porque sem educação não tem acesso. O trabalhador não tem condições de pagar uma faculdade. Nossa proposta de governo é ampliar as universidades e escolas. Queremos incluir um ensino de qualidade, tanto na capital quanto no interior. Todo país do mundo é desenvolvido pela educação. Nossa proposta é expandir a educação e acabar com isso de só entrar na universidade quem tem dinheiro ou por cotas. Não só negro, todo mundo ter acesso à universidade"
Privatização
"Nosso projeto é estatizar todos as empresas que foram privatizadas para que o dinheiro fique no país. E não um grupo de pessoas pegue o dinheiro e leve para a fora. […] A Petrobrás, os Correios, a Embasa, aqui na Bahia, são patrimônios brasileiros. Quem compra, compra para ter lucro e levar o dinheiro para o país dele. Isso é um absurdo, chega a ser ridículo. E a população não chega a ter acesso a essas informações. […] A gente é contra o corte de luz e de água, a gente vem de uma pandemia, o trabalhador se virando em um trabalho semi-escravo, então ou ele paga a conta ou ele vai comer"
Conselho populares
"Vários companheiros motorista de aplicativo são vítimas, tem casos de mortes, assaltos. Eu mesmo já fui assaltado três vezes. Para você combater a violência, a desigualdade, a exclusão, precisa de educação. Sem educação, não vai resolver. Nossa proposta é formar conselhos populares. Isso em uma transição para um governo socialista. […] Cada bairro teria vários conselhos populares, escolhidos pela população. Defendemos o armamento para todos os trabalhadores, isso é democracia, ter direito a autodefesa. São trabalhadores que serão escolhidos. Isso com certeza diminuiria a violência. Lógico, com a educação."
Redução da jornada de trabalho
"Dinheiro tem, tem dinheiro para pagar 'Centrão', para aumentar verba, para pagar ministros, juízes. Tem os milhões que a Petrobrás arrecada. Queremos revogar a Lei trabalhista, a Reforma da Previdência, tem que restituir o trabalhador. O trabalhador tem que ser prioridade […] Eu trabalho 12 horas, de segunda a segunda, não tenho lazer. Você pega um operário que trabalha em uma fábrica, com responsabilidade alta, com uma carga de trabalho alta, vai causar um acidente, vai entrar em depressão, ter pico de estresse, com o patrão cobrando, os problemas em casa, contas atrasadas"
Redução do preço do combustível
"Como eu disse nós somos autossuficientes, temos a maior reserva de petróleo mundialmente. Tem o Pré-Sal, tem a possibilidade de se investir mais maquinário e aprofundar os nossos mares. Então a maior expansão territorial de mar mundialmente somos nós. Tem como você gerir uma empresa estatal e o dinheiro ficar aqui, como eu já falei anteriormente. O dinheiro ficar para o povo, que será investido na saúde educação, segurança, moradia, terra. Então dinheiro tem, só não está ficando no país, está saindo. A nossa riqueza está sendo entregue de mão beijada"
Considerações finais
"As eleições, para nós, é uma tribuna eleitoral onde podemos colocar nosso programa nacional. Deixamos o convite para quem quer conhecer o programa do partido se aprofundar sobre o que é o socialismo".
Série de entrevistas
De 22 a 27 de agosto, o g1 Bahia exibiu, ao vivo, uma série de entrevista com os candidatos ao governo da Bahia, sempre das 9h às 10h30. A ordem dos sabatinados foi definida em sorteio.
Confira as entrevistas anteriores:
A entrevista na íntegra está disponível em vídeo e em áudio, como episódios especiais do podcast Eu Te Explico.
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Redação iBahia
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