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Homens buscam colocação no mercado para trabalhar como babás

Cuidadores do sexo masculino começam a procurar por cursos de formação na área

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Redação iBahia

25/06/2017 às 11:11 • Atualizada em 30/08/2022 às 23:11 - há XX semanas
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Os filmes 'Uma Babá Quase Perfeita' ou 'Um tira no jardim de Infância', clássicos do início dos anos 1990, não soariam tão inusitados para as gêmeas Valentina e Maria Antônia, de 9 anos. A babá que as acompanha ao dentista, ao jogo de futebol e a festinhas atende pelo nome de Sérgio Menezes dos Santos, o Serginho. Ainda funcionário da metalúrgica do pai das meninas, ele costumava se oferecer para cuidar dos filhos mais velhos, Francisco e Tomás, que hoje têm 19 e 15 anos, respectivamente. Com o nascimento das irmãs mais novas, ainda prematuras, ele se tornou o cuidador oficial. De uns anos para cá, virou babá também de dois primos delas: João, de 6 anos, e Carol, de 10.


"Eles me contam segredos, fazem confidências. É uma relação ótima", conta ele, abrindo o largo sorriso de quem, mesmo sem ter sido pai, reúne um séquito de filhos. "Fazemos juntos pequenas “contravenções”: compramos mais doces do que deveríamos e criamos nossas próprias brincadeiras. Foi cuidando dessas crianças que eu me encontrei".

Sérgio, de 50 anos e cabelo descolorido “espetado”, conta que muitas vezes é confundido com motorista. "As pessoas têm dificuldade de chamar um homem de “babá”. Como vivo levando os meninos de um lado para o outro de carro, sempre acham que sou o motorista deles", diverte-se.

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Ele trabalha por diária, sem dormir no serviço. Prefere assim, porque isso permite que ele também tenha tempo para atuar como cuidador de idosos, outra de suas paixões. "Eu só não o contrato para ficar o dia inteiro porque ele não quer. Por mim, ele ficaria direto", comenta a mãe de João e Carol, Flavia Cristofaro, produtora de artes. — As crianças ficam ansiosas pelas horas que passam com ele.

Simone Ruiz, mãe das gêmeas, lembra que foi Serginho quem correu para levá-la à maternidade, quando ela entrou em trabalho de parto. Enquanto o marido, Augusto, acreditava que era um “alarme falso”, o futuro babá das meninas não pensou duas vezes.

"É um babá perfeito, não é “quase”. Tenho certeza de que a convivência das minhas filhas com ele é essencial para a formação delas", pontua Simone.

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