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Artesão de rua chama a atenção ao confeccionar objetos com lata

Lázaro, mais conhecido como 'Piquê', já trabalha com arte há 14 anos

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02/03/2014 às 8:27 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:35 - há XX semanas
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Lázaro, 'Piquê' ou 'Alumínio'
Andando pelas ruas do Pelourinho encontra-se os mais variados tipos de trabalhos artesanais. No entanto, um em especial chama a atenção: o de Lázaro, de 44 anos, que trabalha com lacres de lata há 14 e, segundo o próprio, a arte não tem preço.
"Não tem preço tabelado, depende do ser humano que sabe que arte não tem preço. Eu vendo isso com pena. Faço há 14 anos, comecei vendo a galera colando esses lacres na roupa, aí fiquei um tempo juntando e, como sempre tive paciência para criar qualquer coisa, comecei. Só não tive paciência para criar a bomba atômica", contou, aos risos.
Ele, que cria artigos de vestuário e até bolsas, garante que já vendeu para famosos como Regina Casé, Carlinhos Brown e até Caetano Veloso. A apresentadora do 'Esquenta', aliás, foi a que mais pagou por um trabalho de Piquê: R$ 600 em uma bolsa.
"Só utilizo lata. O Brasil é um dos países que mais desperdiçam as coisas. Um copo que está no chão, quando eu olho vejo que tem utilidade. Hoje, do fundo da latinha até em cima, não perco nada. Já vendi para Regina Casé, Carlinhos Brown, quando ele saiu para a premiação do Oscar; Caetano Veloso... A bolsa mais cara que já vendi foi para a Regina, por R$ 600. Um chapéu saiu por R$ 200, R$ 450. Ela disse 'Eu já andei o mundo todo, mas nunca vi um trabalho desse", relembrou o artesão.
Bolsa foi produzida com 3.280 lacres, 120 metros de nylon 0.80 e levou três semanas para ser finalizada
Ainda de acordo com Lázaro, que além de Piquê, também é conhecido como 'Alumínio', os produtos podem ser encomendados. "Faço por encomenda também. Essa bolsa aqui, por exemplo, não tem dono. O dono é o que vai chegar aí para levar. Um gringo passou agora há pouco e me adulou para levar esse chapéu por R$ 120. Eu falei que era R$ 200; depois do Carnaval eu podia vender a ele por R$ 90, mas aqui é o marketing", contou.
Apesar de a chuva ter estragado a foto, Lázaro guarda com carinho registro de Regina Casé com seus produtos
O artesão não vende apenas em Salvador. Praia do Forte e até Rio de Janeiro são outros pontos explorados por ele, que não troca o Pelourinho, principalmente no Carnaval.
"Vá para o Pelourinho, galera. Levem os seus filhos. Não tem um Carnaval melhor, até as máscaras, que não se usavam mais, estão voltando. O único Carnaval parecido com esse é o de Olinda, o Galo da Madrugada!", finalizou.
Outro registro do artesão, que leva fotos como referências do seu trabalho

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