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Baianos e turistas festejam na 6ª noite de São João no Pelô

Véspera do São João reuniu mais de 10 mil pessoas no Terreiro de Jesus para forrozear ao som das bandas Magníficos, Bicho de Pé e Bando Virado no Mói de Coentro

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23/06/2014 às 23:48 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:22 - há XX semanas
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A banda Magníficos foi o grande destaque desta 6ª noite de folia junina no Pelourinho
O São João oficialmente é só amanha (24), mas a festa no Pelourinho está a todo vapor desde a última quarta-feira. Após goleada do Brasil contra Camarões nesta segunda-feira, além das bandeirolas em verde e amarelo, o público também fez questão de colorir o Terreiro de Jesus com as cores da camisa da seleção canarinho. A banda Magníficos foi o grande destaque desta sexta noite de folia junina, que contou também com os shows da Bicho de Pé e do Bando Virado no Mói de Coentro. Mas a folia não agrada a todos. Alessandro Aragão esteve no Pelourinho pela segunda vez para aproveitar o São João na capital baiana, mas até a banda Magníficos subir ao palco, a insatisfação falava mais alto. "Está uma porcaria. Como é que pode acabar o jogo e não ter programação nenhuma? Acabou o jogo, começasse logo o evento", critica. Segundo baiano, que sempre passa o período junino em Salvador, a noite de quinta-feira foi ainda pior. "Não dava nem para andar".
Juliana Ribeiro (quinta da esq. para dir.) curtindo o São João no Pelô com o grupo de amigos
No mesmo grupo de amigos e familiares de Alessandro, Juliana Ribeiro não acha a quantidade de pessoas um problema. "A gente gosta de muvuca", brinca. Quanto ao tempo de espera entre uma atração e outra, diz: "a gente aproveita para colocar o papo em dia. Diversão quem faz é a gente". Apesar da alegria, Juliana ressalta a sensação de insegurança, especialmente na volta para casa. "A segurança está horrível, mesmo com a Copa do Mundo. A gente tem que ficar ligado, procurar sempre um policial para ficar próximo", conta.
(Da dir. para esq.) Keila Vilaflor ao lado das amigas Simone Barbosa e Clarissa Ribeiro
Keila Vilaflor, por sua vez, está bastante satisfeita com o policiamento do Centro Histórico e faz questão de sugerir a todos que deixem o medo de lado, corram para lá e aproveitem a festa. "Venham para o Pelourinho!", convida. Moradora do Imbuí, a soteropolitana afirma que a distância entre os bairros não atrapalha em nada o seu São João. Para ela, o preço da cerveja, três por R$ 5, as atrações e a animação do público são o ponto alto da noite. Do outro lado do Terreiro de Jesus, próximo ao famoso Cravinho, a gaúcha Lenira Pereira tentava aprender a dançar forró com Heitor Lucena, natural da Paraíba. Colegas de trabalho, a dupla estava com mais cinco amigos, todos da Marinha Mercante. Depois de saber que a Magníficos iria tocar no São João do Pelourinho, Heitor não pensou duas vezes em passar os festejos juninos na capital baiana. "Fomos ver o jogo na Fan Fest e viemos para cá acompanhar o forró. Nordestino que é nordestino tem que dançar um forró", diz animado. Lenira já esteve em Salvador outras vezes, mas esta é a primeira que aproveita o São João na capital. Segundo ela, a satisfação não poderia ser maior. "Por enquanto está ótimo, maravilhoso. Curtimos muito lá na Barra, tudo super bonito e bem organizado. A gente está gostando pra caramba", garante. Para esta terça-feira, última noite de São João no Pelô, fica a promessa de Heitor: "estaremos aqui de novo". O mestre Flávio José e as banda Colher de Pau e Forrozão, além de Renato Fechine, integram a programação do dia 24.
(Da esq. para dir.) A gaúcha Lenira Pereira, o paraibano Heitor Lucena, Michelle Campanha, de São Paulo, Luis Torres, do Peru, Andreia Fernandes e Asafe Ferreira (camisa verde), ambos também da Paraíba, e John Paul, o outro peruano do animadíssimo grupo
O peruano Luis Torres também aportou de navio em Salvador junto com os colegas. Mas o caso dele é diferente. A cada três meses ele alterna sua moradia entre a capital baiana e o seu país de origem, o Peru. Assim como a gaúcha Lenira, esta também é a primeira vez que Luis curte o São João em Salvador. "Eu não conhecia a festa. Espero que seja boa. Estou ansioso e celebrando a vitória do Brasil", exclamou.
Embora ache os baianos bastante curiosos, Torstin (à esq.) diz não se incomodar com o assédio. Com Niklas (centro) e Larissa (dir.), está aproveitando bastante o São João e já experimentou vários licores
Segundo a baiana de acarajé Maria da Penha, com a Copa do Mundo e o São João, o movimento aumentou bastante e não há do que reclamar. "Esses dias o movimento foi bom, deu para ganhar um trocado", pontua. Enquanto conversamos, os alemães Torstin Alex e Niklas Mussbach encostam no tabuleiro para comprarem acarajé. Como não falam português - nem a baiana, inglês, a esposa de Mussbach, a paulistana Larissa Schultze, fez o pedido. Após elogiar o comportamento dos fregueses, Penha diz que o idioma é a única dificuldade existente no que diz respeito ao atendimento de turistas estrangeiros, embora sempre conte com a ajuda de outras pessoas na hora de se comunicar. Dona da barraca Acarajé da Penha, Maria é filha da primeira baiana do Terreiro de Jesus e vende o famoso bolinho de feijão frito desde os 14 anos. Famosa no Pelourinho, já estampou seu rosto em diversas propagandas do governo do estado.
Maria da Penha tem 58 anos e é baiana há mais de quatro décadas. Seu tabuleiro fica localizado em um privilegiado ponto do Terreiro de Jesus, próximo à Faculdade de Medicina
Para o casal Fabiana Oliveira e Edicarlos Rodrigues, ambos naturais do município de Ibitiara, na Chapada Diamantina, a maior diferença entre o São João do interior e da capital é a estrutura oferecida ao público que prestigia o evento em Salvador. "A segurança aqui é maior. No interior tem muita briga e a polícia demora para chegar no local", observa Fabiana. De férias, o casal chegou à capital baiana nesta tarde e aproveitou para assistir ao jogo da seleção brasileira no telão montado no próprio Pelourinho. "A vibração de todo mundo comemorando foi bem legal", destacou Edicarlos. Jozy Xavier e Wesley Rocha também não são de Salvador, mas já moram na cidade há sete anos. Este é o segundo ano que o casal opta por curtir o São João no Pelourinho, mas são enfáticos ao destacar as diferenças entre passar o período junino na capital em cidades do interior da Bahia. "Lá é muito melhor. O ambiente é mais família, mais organizado e acolhedor. Você pode ficar bêbado e dormir no banco da praça sem problema", compara Wesley, referindo-se à sua cidade, Boninal.
Jozy Xavier e Wesley Rocha na imagem à esquerda; Fabiana Oliveira e Edicarlos Rodrigues à direita
"Já aqui a gente tem que se cuidar mais, ficar prevenido. Confusões, roubos... é preciso estar sempre atento, por ser uma capital e não se conhecer todas as pessoas como no interior", completa. Ainda assim, nem os cuidados e precauções necessárias diminuem a animação de Jozy. "Eu estou adorando. As bandas estão mais animadas, hoje é Magníficos que eu adoro e também já teve Aviões. Também está mais organizado", finalizou. *Com supervisão e orientação de Márcia Luz

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