por Ingrid Dragone Amava a Barbie quando era criança. Uma vez fiquei feliz porque, em meio a tantas bonecas loiras, encontrei uma com cabelos castanhos, como os meus, e ganhei justamente essa de presente dos meus pais. Lembrei disso porque esses dias vi duas notícias interessantes sobre o lançamento de bonecas para meninas que, provavelmente, não se identificam com os modelos existentes no mercado. Recentemente, a campanha Toy Like Me (brinquedo como eu, em tradução livre), iniciada nas redes sociais pela inclusão social na indústria de brinquedos, levou a empresa britânica Makies a criar uma linha de bonecas com marcas de nascença, óculos, bengalas e aparelhos auditivos. Além de vender esses acessórios separadamente, para a personalização do brinquedo, a empresa anunciou ainda a intenção de fazer o lançamento de bonecas em cadeiras de rodas.
O cliente pode escolher bonecas brancas ou negras, definir a roupa, a cor dos cabelos e olhos, e outros detalhes. A venda é feita pela Internet para todos os países, mediante frete. No Brasil, o brinquedo está sujeito a taxas de importação. Cada boneca custa US$ 74,00 (cerca de R$ 300).
Outro lançamento interessante foi a da linha Malaville, iniciativa da modelo caribenha Mala Bryan. São quatro bonecas com pele negra em diferentes tons e cabelos crespos. As personagens (Mala, Malina, Maisha e Mhina) têm profissões diferentes ligadas a áreas estéticas: designer de moda, designer de interiores, estilista e modelo de passarela. As bonecas custam US$ 20 cada e estão à venda no site oficial.
É bem verdade que ambos os lançamentos não estão acessíveis a todas as crianças, mas já representam um passo importante. Agora a gente fica na torcida para que outras marcas, inclusive nacionais, tomem a mesma iniciativa e coloquem à disposição das brasileirinhas bonecas com as quais elas se identifiquem.
Fotos: Makies |
Usando aparelho auditivo. |
Com marca de nascença. |
Usando óculos e bengala. |
Foto: Reprodução/Instagram |
A modelo idealizadora das bonecas diz que sempre teve dificuldade de encontrar na infância um brinquedo que a representasse fisicamente. |
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