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Inovação é palavra de ordem para sobrevivência de pequenas empresas

28% das empresas morrem até o segundo ano de criadas por falta de planejamento e cuidados

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18/01/2011 às 13:35 • Atualizada em 29/08/2022 às 13:48 - há XX semanas
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Rio de Janeiro - Para quem deseja iniciar um negócio de moda, passar em um balcão do Sebrae pode ser um bom começo. Informação, apoio, orientação e inovação formam os pilares de uma empresa saudável, e para isso, a entidade privada que utiliza recursos públicos para subsidiar projetos, coloca à disposição seus consultores.

Existem hoje no país 5,6 milhões de pequenas empresas da indústria e do varejo. Isso representa 91,1% do setor empresarial. No ano de 2009, através do Sebraetec, 1,8 milhão de empresas receberam apoio e tiveram projetos subsidiados. Até novembro de 2010, 30 mil pequenos empresas iniciaram seus negócios com apoio do órgão e para 2011, estão previstas mais 45 mil com possibilidades de investimentos da ordem de R$ 85 milhões, o que representa o dobro do valor disponível no ano anterior.

Edson Fermann, representante do Sebraetec, falou aos lojistas sobre o assunto no fórum de negócios do Senac Rio Fashion Business, na segunda (10). Mas ele foi além dos números e enfatizou: “Para receber subsidio do Sebraetec, a empresa deve ser de pequeno porte ( o que prevê faturamento de até R$ 2,4 milhões), ser formalizada, apresentar CNPJ e ter um problema para ser resolvido”, destacou.

Fermann ressaltou, ainda, que no Brasil 72,8% das empresas abertas sobrevivem, enquanto 28% se deparam com a mortalidade após dos dois anos de aberta. O índice é compatível com o que ocorre nos Estados Unidos, Europa e Canadá, segundo Fermann. Mas, é importante frisar que o motivo do fim, muitas vezes, é a falta de inovação e não necessariamente problemas financeiros. “Hoje o problema não é sobreviver, é ser competente e de forma sustentável. Isso significa respeitar a natureza, e continuamente ser competitivo, além de se fortalecer a cada ano de forma ambiental, econômica e social”.

No quesito inovação, Fermann afirma que isso nada tem a ver com invenção. Ele defende que se algo é feito por alguma outra empresa e dá certo, pode servir de base para outras, e cada uma vai aplicar de maneira diferente e adequada ao seu negócio. É preciso estar atento às boas ideias. “A inovação nem sempre precisa aparecer, mas precisa satisfazer às necessidades do consumidor. Os botões de reposição de uma camisa são inovação e não aparecem", frisa.

Para o ramo da moda, além da comunicação, é importante estar atento às riquezas culturais de cada lugar. Hoje as marcas que trabalham com tradições e técnicas artesanais como crochê e renda, por exemplo, vendem e são muito mais reconhecidas fora do país, isso porque valorizam a cultura brasileira. “São peças únicas, que fazem a diferença”, diz. O desafio é combinar outros materiais, rever os processos produtivos para reduzir gastos, fazer um planejamento estratégico, se capacitar – tanto o lojista quanto quem atua na indústria -, além de ter organização. Relacionamento cada vez mais direto com o cliente,seja através de um site, de um blog, das mídias sociais, do email marketing ou do ponto de venda, é essencial e durante o ano todo; se isso não acontecer, de nada vai adiantar um belo catálogo no final do ano. E mais importante: o empresário da moda deve ter em mente de forma clara que tudo comunica sua marca: produto, atendimento, ambiente da loja, vitrine, embalagem.

* Jornalista viajou a convite da organização do evento.

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