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O traçado colorido e inconfundível do artista plástico catalão Joan Miró (1893-1983) poderá ser apreciado em Salvador a partir desta terça-feira (16), quando será aberta a exposição 'A Magia de Miró, desenhos e gravuras', na Caixa Cultural. Esta será uma grande oportunidade oportunidade para o publico soteropolitano conferir de perto a obra deste artista, que é um dos representantes da arte surrealista. A visitação acontecerá de terça a domingo, das 9h às 18h, até o dia 8 de fevereiro de 2015. A mostra é composta por 69 obras de Miró e mais 23 fotografias em preto e branco tiradas de Miró, por Alfredo Melgar - conde de Villamonte e fotógrafo galerista -, que retrata o pintor em situações mais intimistas, em seu atelier, por exemplo. As ilustrações apresentadas na mostra são de diferentes períodos, entre os anos de 1962 e 1983. Muitas dos desenhos são esboços ou notas. São obras únicas, feitas em papel, com desenhos em várias superfícies, como lixa e papelão, realizadas pelo artista com lápis e giz de cera, nos últimos cinco anos de vida e criação de Miró. A técnica de Miró consistia em adquirir o máximo de intensidade com o mínimo de esforço. Apesar de usar muita cor e um traço forte, isso também o ajudava a justificar a presença de muitos espaços vazios em suas telas. O resultado da pintura de Miró traduz seu estilo de vida, baseado na liberdade. Liberdade esta que levou aplicava em seu processo artística sem cerimônias e com isso conseguia aproximar pintura e poesia. A mostra, apresentada pela Zíngara Comunicação, Marketing e Produções Culturais, da produtora executiva Denise Carvalho, já passou por São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife, sempre apresentadas nos espaços culturais da Caixa e com patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás.
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Sobre o artista Nascido em 1893, em Barcelona, o pintor Joan Miró é um dos nomes mais importantes da arte moderna. Na juventude, estudou com Francisco Galí e conheceu as escolas de artes de Paris e herdou toda a admiração pelos afrescos de influência bizantina, vistos nas igrejas da Catalunha. Também foi Galí que o apresentou a arquitetura de Antonio Gaudí. Miró teve, ainda, como referência Paul Klee. Por conta disso, se percebe na pintura do catalão o uso de signos que representam a natureza em um sentido poético. A partir do ano de 1948, o artista esteve entre a Espanha e Paris, e inspirado por sua veia poética variou seus temas, pintando mulheres, pássaros e estrelas. Em 1954, recebeu o prêmio de gravura da Bienal de Veneza. Quatro anos mais tarde, devido ao mural produzido para o edifício da Unesco, em Paris, recebeu o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. O artista morreu em Palma de Maiorca, na Espanha, em 25 de dezembro de 1983.
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