por Ingrid Dragone Estava fazendo uma arrumação nos armários de casa e encontrei o livro “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”. Passando algumas páginas, acabei me concentrando na parte que fala sobre como economizar com os filhos. Dentre as dicas do autor, achei superinteressante a de não viciar os filhos em produtos ou lazeres dispensáveis. Um exemplo foi o dos pais que apresentam aos pequenos o famoso “lanche do palhaço”, sem que eles tenham pedido, criando o hábito semanal de consumo do que não é bom para saúde nem para o bolso. Concordo plenamente. Concordo também com uma mãe que conheço. Ela foi criticada por não deixar o filho abrir de uma só vez todos os (muitos) brinquedos que ganhou de aniversário. A maior parte dos presentes foi guardada, ainda nos embrulhos. Aos poucos, com o passar do meses, as caixas foram sendo oferecidas ao menino. O que, de fato, um pirralhinho faria com aquela montanha de brinquedos ao mesmo tempo? Criança enjoa rápido de tanta fartura! Acho importante criar os filhos valorizando o que têm.
O mundo estimula demais o consumismo... Você já parou para assistir a alguns minutos de programação infantil matutina num canal de tv aberta? Fiquei horrorizada (exausta até!) outro dia. Estava num consultório médico esperando atendimento e fui bombardeada com centenas de propagandas de brinquedos mega-blaster-ultra maravilhosos, modernos e, obviamente, bem caros. Fazem uma lavagem cerebral nas crianças!!! Parecia aquela velha campanha da marca de chocolate Garoto: “compre Batom, compre Batom, seu filho merece Batom”.Na contramão disso, estamos testemunhando recentemente o fenômeno mundial do desapego. Falei sobre o assunto aqui uma vez. Sou adepta, inclusive. Tomara que não seja uma moda. Tomara que as pessoas queiram mesmo viver com menos, apenas com o que usam, sem exageros. Seria legal ver as crianças voltando a pular corda, brincar de amarelinha, cacique, passar o anel, e a usar tinta guache e aquarela. Comprar, obviamente, é prazeroso, mas, como tudo na vida, é um verbo que pede equilíbrio. Não vamos criar necessidades consumistas! O mercado inventa e lança produtos e serviços e a gente pode decidir se eles são essenciais para a vida.
Foto: Ingrid Dragone |
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