A Black Friday está próxima de acontecer, e é nesse momento que diversas pessoas correm para os centros de compra para adquirir produtos em preços mais baixos - ou pela famosa "metade do dobro". Tem outras pessoas que não precisam nem esperar a data para fazer o consumo desenfreado, e é aí que está o problema.
O psiquiatra Luiz Guimarães, da clínica Holiste, explica que é preciso diferenciar o comportamento comum do doentio. “O que está em questão não é o comportamento em si, é a consequência do comportamento”, diz.
Compulsão
“As pessoas que compram compulsivamente, normalmente têm uma ansiedade anterior àquilo e o fazem para ter um alívio de um sentimento negativo”, explica. Ao realizar o ato da compra, a angústia sentida pela pessoa passa momentaneamente; no entanto, logo em seguida há o arrependimento e depois a ansiedade retorna, criando, assim, um ciclo vicioso.
O psiquiatra explica que, em sua maioria, essa compulsão se manifesta em mulheres e muitas vezes o ato acontece como forma de presente para outros, como um parente ou amigo. “Quando compram pra elas, normalmente escondem por já saber que alguém do seu convívio possa criticar”, comenta.
Identificação
O médico psiquiatra elenca algumas perguntas que a pessoa pode se fazer para ajudar a identificar se está nessa situação de comprar descontroladamente. São elas:
- Você tem uma preocupação excessiva por compras?
- O tempo que você gasta com compras interfere nas suas relações sociais?
- É natural perder o controle e comprar mais do que o planejado?
- Você tem um esforço repetido e mal sucedido em tentar controlar ou reduzir as compras?
- Você percebe que comprar é uma forma de aliviar uma angústia, tristeza ou emoção negativa?
- Você já teve que mentir para esconder a extensão das suas compras?
- Tem ou já teve problemas financeiros por causa disso?
Caso as respostas sejam afirmativas, o ideal é procurar uma orientação médica para lidar com a questão. “Muitas vezes a pessoa tem vergonha e só procura tratamento quando a situação já começa a interferir nas relações com os outros ou quando está sendo ameaçada de alguma forma”, afirma o psiquiatra.
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Redação iBahia
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