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Candidatos discutem política cultural do Estado na ALB

Não houve réplicas, nem tréplicas e cada candidato explanou em sete minutos sobe cada assunto

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29/07/2014 às 22:40 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:23 - há XX semanas
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Os seis candidatos a governador do Estado da Bahia compareceram, na noite desta terça-feira (29), ao debate na Academia de Letras da Bahia (ALB), no bairro de Nazaré. Com o tema "A Política Cultural no Estado da Bahia", o encontro marcado para as 19h sofreu um atraso de mais de meia hora e teve sua exibição pelo portal do Irdeb comprometida por conta de um problema com o áudio. O evento, coordenado pelo poeta e acadêmico Luís Antonio Cajazeira Ramos, também foi exibido pela TVE Bahia.
Não houve réplicas, nem tréplicas e cada um dos candidatos teve sete minutos para explanar sobre suas propostas para a área cultural durante cada rodada de conteúdo.
Foto: Correio/ Betto Jr.
Uma das primeiras pautas defendidas no debate foi a saída do do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) da estrutura da Secretaria de Comunicação (Secom) e retono para a Secretaria de Cultura (Secult). A mudança proposta pelo candidato Paulo Souto (DEM) foi seguida por Lídice da Mata (PSB) e Rui Costa (PT).
Outros itens discutidos pelos candidatos disseram respeito à revisão da política de patrimonial do Estado, tais como a retomada do projeto de revitalização do Pelourinho e da cidade de Nazaré das Farinhas, e a entrega ao Ipac o controle sobre os bens materiais do estado.
O candidato Marcos Mendes (PSOL) iniciou a rodada chamando a atenção para o sucateamento da cultura diante das campanhas financiadas com dinheiro público. O candidato Rui Costa (PT), por sua vez, citou a ampliação e reforma do Teatro Castro Alves e da Concha Acústica, já em andamento, e disse que dará continuidade às etapas seguintes, nas quais estão previstas a construção de 300 vagas de estacionamento e salas dedicadas à formação de artistas. Ainda de acordo com Rui, será preciso confrontar o "conceito de presépio" do Centro Histórico com o investimento em acessibilidade e moradia. Para tanto, ele sugere abrir uma porta do metrô no fim e linha da Barroquinha, a qual dará acesso por uma esteira rolante ao Centro Histórico.
A candidata Renata Mallet (PSTU) criticou o que chamou de "fisiologismo entre o poder público e a iniciativa privada" no que diz respeito ao financiamento de projetos culturais e também a política cultural do Fazcultura, mantida pelo governo do PT. Sugeriu também que a revitalização do Centro Histórico se dê pela ocupação dos prédios vazios, os quais terão de ser transformados em centros culturais, sedes de movimentos sociais e moradias.
Quarto candidato a se pronunciar sobre o tema, o candidato Paulo Souto (DEM) disse que "se conformaria com a resolução de coisas mais prosaicas, como a segurança". "Não só para turistas, mais baianos", continuou. De acordo com ele, é prioritária a revitalização dos estacionamentos do Centro Histórico, a oferta de transporte público mais eficiente e a execução do projeto de requalificação de largos e praças do Pelourinho.
Lídice da Mata (PSB) defendeu a implantação de novos critérios de financiamento e alertou para o privilégio de certas empresas sobre os produtos culturais que podem ser mais facilmente transformados em produtos mercadológicos. Ainda de acordo com ela, não se pode vulgarizar nem desconstruir a experiência do Pelourinho com o turismo e o patrimônio histórico. "Reconheço o avanço dado na preservação, mas qualquer estudioso de centro antigos no mundo sabe que não pode preservar sem manter suas diversas funções: comerciais, residenciais e patrimoniais. O Pelourinho, além de patrimônio, é um bairro de Salvador. O Centro Histórico é a única região de Salvador em que o número de habitantes decresce", defendeu.
Último candidato a falar, Da Luz (PRTB) agradeceu a conexão com Deus e lembrou que "os últimos serão os primeiros". De acordo com ele, é preciso combater a base de apoio dos governos, as quais criam uma "rede de patidos pendurados que é paga com os impostos do povo". Por isso, de acordo com ele, durante sua gestão o Palácio de Ondina será transformado em museu. "Parece engraçado, mas eu gostaria de saber o que um governante que é empregado do povo, faz em um palácio? É rei é? A monarquia acabou!", declarou.
O debate terminou por volta das 21h30, quando cada candidato teve um minuto e meio para as considerações finais. Estiveram presentes na plateia, o secretário de cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani, o diretor da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, o diretor do Teatro Castro Alves, Moacyr Gramacho, e Maria Ribeiro, filha do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro - imortal da ALB.

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