A transformação digital chegou ao mercado revolucionando as antigas formas de se pensar a estrutura organizacional e as próprias estratégias das empresas. Porém, como acontece com qualquer ideia nova, é preciso um tempo de transição para ela se firmar.
As startups foram as primeiras a abraçar a transformação digital. Mas as grandes empresas começam a perceber que precisam também se basear nas premissas da era digital para não perder mercado. E os empreendimentos que rejeitarem a mudança não devem conseguir sobreviver, principalmente porque os próprios consumidores se informam e pesquisam por serviços e produtos a partir dessa maneira de 'pensar digital'. Será necessário enfrentar os desafios de redesenhar os negócios.
As novas premissas são os pilares da transformação digital, mas não podem ser descritas como definitivas. Como há um processo em curso e tudo ainda está em construção, não há certezas absolutas ou um conjunto de regras fixas a serem seguidas e que ensinem como interagir com informações, pessoas e dispositivos.
Convivência harmônica com máquinas
Alguns aspectos, entretanto, são importantes e podem servir como ponto de partida para os negócios que estão passando pelo processo de digitalização. O primeiro deles é o potencial dos profissionais. Diferente do que muitos acreditam, a transformação digital não é a substituição dos humanos pelas máquinas, mas a convivência harmônica entre eles. Por isso, é importante entender que as equipes precisarão de mais autonomia, justamente para atender melhor às necessidades dos clientes.
É necessário também entender a necessidade de repaginar modelos de negócios, possibilitando uma transformação essencial. As empresas precisam apostar no mindset digital, ou seja, pessoas, processos, ferramentas e regras de negócio têm de estar alinhadas às demandas do mercado digital. As empresas também devem valorizar a inovação, pensar em como fazer diferente e abandonar antigos padrões.
Além disso, a transformação digital exige que os empreendimentos sejam tecnológicos, incorporando soluções que utilizem e dialoguem com inteligências computacionais. As máquinas possuem a capacidade de fazer a análise preditiva de dados e de aprendizado grande, e isso deve ser usado para consolidar o negócio, melhorar o atendimento ao cliente e influenciar nas decisões.
Conectividade transforma
Nesse contexto, um item que passou a ser prioridade nas empresas é a conectividade. Há alguns anos, a preocupação era apenas com a conexão de computadores, mas a transformação digital mudou esta mentalidade. As novas demandas exigem que os funcionários acessem dados do negócio e informações confidenciais utilizando dispositivos móveis, e isso pede uma mudança na gestão.
“Trata-se do principal pilar para a transformação digital, uma vez que permite a adoção de tecnologias, reduz distâncias geográficas e amplia o poder de escalabilidade e a capacidade do trabalho em equipe”, afirma Rafael Santos, professor de Internet das Coisas e switching do curso de cibernética da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap). Assim, esse uso de aplicativos móveis conectados entre si contribui para facilitar a rotina dos colaboradores, ampliando o processo de digitalização da empresa.
Desafios à vista
O aumento dessa conectividade dentro das rotinas da empresa gera outros desafios além da necessidade de adaptação dos profissionais. “Com o número maior de dispositivos conectados e o aumento do fluxo de informações, amplia-se a superfície de ataque. Os cibercriminosos acabam tendo mais oportunidade para capturar dados confidenciais”, explica o especialista.
Para Santos, as empresas precisam criar uma estratégia de segurança em camadas rigorosas, que envolvem infraestrutura, fabricantes de hardware e desenvolvedores de soluções. “Criar uma política de segurança, com identificação e prevenção de problemas, também é fundamental”, opina.
Outra forma de proteção é manter os dispositivos atualizados e adotar uma troca constante de senhas, usando, se possível, métodos de dupla autenticação, como chaves de segurança e biometria. “É importante contar com o apoio de profissionais que já possuem expertise na área para estruturar uma estratégia de acordo com as necessidades do negócio”, ressalta o professor. Para ele, esta é a solução para empresas que desejam proteger as suas informações, sem deixar brechas para hackers mal-intencionados.
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Redação iBahia
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