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Grandes hidrelétricas causam polêmica no país

Apesar de ser considerada uma das fontes de energia mais limpas, a construção das usinas envolve grandes impactos socioambientais

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12/09/2011 às 15:26 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:02 - há XX semanas
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A principal matriz energética nacional é a hidrelétrica, ou seja, a energia gerada a partir da força das águas. Apesar de ser considerada uma das fontes de energia mais limpas, por não resultar da queima de combustíveis fósseis, a construção das usinas envolve grandes impactos socioambientais. Esses impactos, negativos e positivos, têm provocado polêmicas em duas grandes obras que estão em andamento no Brasil: a usina hidrelétrica de Jirau, no estado de Rondônia, e a usina de Belo Monte, no Pará, ambas no Amazonas. Outra característica comum aos empreendimentos é que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conjunto de medidas lançado em 2007 que estimula o desenvolvimento em infraestrutura, crédito e desoneração de tributos. Jirau Com previsão de começar a operar em meados de 2013, a Usina Hidrelétrica de Jirau está sendo construída no Rio Madeira, na cidade de Porto Velho (RO). A obra terá um reservatório de 258 km² e capacidade de produzir 3.750 megawatts de energia elétrica. A expectativa é que 42 bilhões de reais sejam injetados na economia da região em seis anos, elevando Porto Velho de cidade média à cidade grande. Entretanto, o acelerado crescimento econômico pode comprometer a população e o ecossistema da região se, junto com os novos recursos, não forem melhoradas a estrutura da cidade. Belo Monte A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída num trecho de 100 km do Rio Xingu, localizado no estado do Pará. A previsão é que Belo Monte tenha potência de 11.233 Megawatts, tornando-se a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira e a terceira maior do mundo – atrás apenas da Usina de Três Gargantas, na China, e da Hidrelétrica de Itaipu, que funciona na fronteira entre Brasil e Paraguai. O início de seu funcionamento está previsto para 2015 e sua capacidade de produção de energia deverá ser suficiente para abastecer uma região com 26 milhões de habitantes. Os argumentos contrários à construção de Belo Monte apontam para o fato de que a usina irá depender das chuvas, pois não será construído reservatório. Dessa forma, em época de cheia, a produção de Belo Monte deve atingir metade de sua capacidade total. Já durante os períodos de estiagem, a produção de energia hidrelétrica deverá ser muito baixa. Argumentos contrários - impactos irreversíveis sobre a fauna aquática, que conta, inclusive, com espécies ameaçadas de extinção - alteração do regime do rio - mudanças na fauna e flora locais - interrupção dos transportes fluviais - a migração de milhares de pessoas para as regiões podem causar caos social Argumentos favoráveis - potencial hidrelétrico do Brasil é subutilizado - usinas vão aquecer economia - produção de energia através da água vai diminuir a necessidade de usar a energia termelétrica, considerada “energia suja” e mais cara - moradores que vivem na área onde as usinas serão construídas serão indenizados e realocados para terras onde viverão com mais qualidade

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