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Igatu mantém viva a tradição popular do Terno das Almas

Pela cidade, os adeptos do Terno se revestem com lençóis brancos e caminham por pontos da cidade

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29/05/2014 às 17:52 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:50 - há XX semanas
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Tradição, herança do Garimpo, é repetida até os dias hoje
"Reze a Salve rainha para a nossa senhora das candeias, na vida e na morte, ela é quem nos 'alumeia"...". A ladainha cantada como se fosse um lamento. O Terno das Almas, uma das principais atrações na cidade de Andaraí, região da Chapada Diamantina, é uma manifestação que resiste desde da época do garimpo. A cidade é localizada há 420 km de Salvador e no distrito de Igatu, em especial, dezenas de moradores percorrem diversos caminhos e param em sete pontos, acendem suas velas, rezam três padres-nosso, uma Salve-Rainha e Três Ave-Marias e ainda, três benditos. A devoção se repete em procissão da Quarta-feira de Cinzas até a Sexta-feira Santa. A tradição que ficou esquecida durante 23 anos, retomou em 2003, é realizada por homens e mulheres com seus copos cobertos por lençóis brancos, que passam solenemente pelos cemitérios da cidades, igrejas e encruzilhadas, numa demonstração de fé e devoção aos mortos. Com orações, benditos e ladainhas, eles percorrem trajetos considerados sagrados. Nesta lista, estão os rios, lapinhas e trilhas próximas as centro urbano. A última "reza", Senhor Deus, é considerada tão forte, que conta-se que não pode ser feita em ocasiões comuns. As rezadeiras das almas se ajoelham e entoam a oração, com suas velas acesas.

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