“O isolamento social afetou a saúde mental da população como um todo. A procura por tratamento psicológico e psiquiátrico aumentou nesse período. A convivência em casa com a família durante todo dia, a falta de convivência com outras pessoas podem ser gatilhos para que as pessoas passem a usar, voltem a usar drogas ou aumentem o consumo”, reforça a psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da UniRuy, Susy Matos.
Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Fiocruz, UFMG e Unicamp de maio do ano passado, 18% - em universo de 44 mil brasileiros – relataram aumento no consumo de álcool. Já um estudo da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul indicou que 30% de 3633 participantes aumentaram o consumo não só de álcool, mas também de outras substâncias.
Redução de riscos
Diante desse cenário de isolamento e aumento de questões ligadas a saúde mental, é preciso ficar atento para indicadores de que o consumo pode estar se tornando uma dependência.
Se estando isolado é mais fácil não ter acesso às drogas, caso você nunca tenha experimentado, por outro lado a privação das atividades corriqueiras pode gerar uma necessidade de “tapar buraco”. “As pessoas se utilizam da droga como uma fuga de algum problema, buscando prazer. Se estou muito estressado vou tomar algo para me deixar ‘para cima’”, exemplifica Suzy Matos.
Sinais como dificuldade de limitar as quantidades, aumento da tolerância e necessidade de maior quantidade para sentir os efeitos e surgimento de sintomas de abstinência, podem indicar um problema de abuso.
Se você mora com alguém, seja filho, irmão, amigo, fique atento a esses sinais e abre o diálogo com a pessoa para mostrar que ela não está sozinha.
Mesmo em casa, procure fazer atividades que façam bem a sua saúde mental, como a prática de atividade física e tente fugir de gatilhos que possam te deixar vulneráveis.
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Redação iBahia
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