O ministro da Educação, Abraham Weintraub , disse neste domingo que a pessoa responsável por divulgar imagens da prova do Enem aplicada neste domingo já foi identificada. Segundo ele, as fotos foram vazadas por um candidato após a conclusão da prova, porém antes das 18h, horário mínimo em que participantes podem levar os cadernos de respostas.
— O dano disso foi zero. O papel do Enem é coibir esse tipo de atitude. Estatisticamente é um erro amostral. Tem que punir essas pessoas de forma exemplar, para saber que uma ação danosa que pode prejudicar. Essas pessoas vão ser punidas. Já fizemos um boletim de ocorrência. Toda vez que ele (o responsável) fizer entrevista de emprego, ele vai ter que explicar por que ele resolveu sabotar o Enem naquele dia (neste domingo). No resto da vida, essa pessoa, que é maior de idade, adulto, responsável pelos seus atos, vai ter que se explicar — disse o ministro. — Esse aí é um trouxa. Não devemos dar a publicidade a um idiota desses.
De acordo com dados do Inep, 3,7 milhões de pessoas fizeram o Enem neste domingo. A taxa de abstenção foi de 27,19%, a menor da série histórica. Só neste domingo, foram eliminados 371 candidatos, informou o Inep.
O ministro preferiu não revelar onde o candidato que vazou o material fez a prova. Para Weintraub, os episódios deste domingo são classificados como “mau comportamento” por parte do candidato, o que seria menos grave do que os vazamentos da semana passada, quando duas aplicadoras no Ceará foram identificadas por ter divulgado imagens da prova.
— Esses casos todos, com exceção dessas aplicadoras do Ceará, são pontuais, sem impacto nenhum. Se faz para manter a barreira. Se a gente não demonstra que existem consequências no ato, você perdeu a barreira, e o mau comportamento avança. A pessoa não vai fazer exame e fica na ficha corrida dela pro resto da vida — afirmou.
Weintraub disse que ainda há uma investigação se uma das aplicadoras seria inocente. O ministro classificou o ato de terrorismo.
— Essas duas ou ainda uma seja inocente. Tem uma pessoa no Ceará, essa pessoa, sim, a gente tem que escangalhar a vida dela. Como sociedade, o que ela tentou fazer foi terrorismo. Colocar terror na sociedade civil. Mesmo com essas pessoas, o Enem foi um enorme sucesso — afirmou o ministro.
Weintraub disse que a aplicação da prova foi mais tranquila que a da semana passada.
— No Brasil todo foi mais tranquilo. Dessa vez foi um passeio. Fui almoçar em casa. Passeio total — afirmou o ministro.
Ao ser questionado sobre o conteúdo da prova, o ministro afirmou que o balanço do Enem indica que as provas serão “menos ideológicas”.
— O que existirá nos próximos anos? Um exame técnico e não ideológico. Não vai precisar ficar buscando nos manuais de esquerda ou de direita ou qualquer lugar que seja, ideologias. O objetivo é, que para todos os brasileiros, seja feita uma seleção justa— disse Weintraub.
Em outro trecho da entrevista coletiva, o ministro disse haver no país um "totalitarismo de esquerda":
— Foram décadas de uma cultura totalitarista de esquerda sendo imposta a nós brasileiros, e isso precisa acabar. A eleição do presidente Jair Bolsonaro é o começo do fim desse martírio. O que deveria se passar é que o Enem foi um sucesso.
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Redação iBahia
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