O acidente que deixou um cordeiro ferido durante a passagem do bloco Inter no circuito do Campo Grande, no domingo (26), será investigado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Em nota, a assessoria do órgão informou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso e a empresa deverá ser notificada até esta quinta-feira (2). O cordeiro segue internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e o quadro de saúde dele não foi divulgado.
"Foi aberto inquérito para apurar as circunstâncias e as responsabilidades pela mutilação da perna esquerda de um homem que trabalhava para o bloco. Além das determinações contidas no TAC dos Cordeiros, assinado em novembro último e que tem validade perene, o órgão vai verificar o cumprimento de normas gerais de saúde e segurança do trabalho que possam ter sido descumpridas e contribuído para o fato", diz o comunicado.
A investigação tem prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogada por até 3 meses. O inquérito serve para apontar as causas do acidente e os responsáveis pelo caso. Primeiro, a empresa será acionada para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido e, depois, a vítima também será ouvida.
O bloco estava sendo puxado pelo cantor Márcio Victor, vocalista da banca Psirico, quando o cordeiro foi atropelado pelo trio. No momento do acidente o artista interrompeu o desfile e pediu que o trabalhador fosse socorrido.
"Atenção galera, a gente teve um pequeno acidente aqui do lado, que já está sendo resolvido. Pequeno acidente aqui, com um dos nossos cordeiros, que já está sendo levado pelos socorristas, e está tudo certo Graças a Deus", disse Márcio Victor, na ocasião. O cantor afirmou em entrevistas que está oferecendo assistência ao cordeiro.
Procurada nesta terça-feira (28), a assessoria do Psirico não comentou o caso até a publicação desta reportagem.
O MPT informou que o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pelos blocos em 2016 estabelece a oferta de seguro para caso de acidentes, sendo pela Previdência Social ou seguro privado. O Sindicato dos Trabalhadores Cordeiros (Sindcorda) informou que está acompanhando o caso. O CORREIO não conseguiu contato com a assessoria do Inter.
No total, cerca de 25 mil cordeiros estão trabalhando neste Carnaval.
O TAC foi assinado por 22 dos 39 blocos que desfilaram na festa deste ano e é permanente, ou seja, são garantias que não precisam ser renegociadas nos próximos anos.
As empresas que descumprirem as normas podem ser multadas com valores que alternam entre R$ 3 e R$ 30 mil, dependendo da irregularidade. A fiscalização é realizada pelo MPT e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), através do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
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Redação iBahia
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